A campanha conta o cigarro foi vinculada recentemente na França tem como alvo chocar os jovens e adolescentes depois do índice de jovens fumantes ter aumentado significativamente. Acreditamos que deu certo a intenção da campanha porque é chocante ver essas imagens envolvendo adolescentes pois a campanha visa relacionar o fumo com a submissão.Pode-se relacionar também das imagens, o sexo sem proteção, a pessoa estaria então condenada a morte e exposta a outras doenças.
Sabe-se que o cigarro ainda tem poder sobre os jovens que começam a fumar em sua maioria por influência dos amigos, para sentir-se enturmado, pra desenvolver auto- confiança ou simplesmente por acharem bonito e não acreditarem que o cigarro vicia e vai matando aos poucos. O cigarro/tabagismo é responsável por 30 % das mortes por câncer, seja câncer de pulmão ou por alguma doença pulmonar crônica e ainda doença cerebrovascular, isso sem falar em aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias, impotência no homem, nas mulheres ainda pode ocorrer osteoporose e aumento de rugas. A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada pelos pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chega ao cérebro em aproximadamente 7 a 9 segundos. É uma mistura de mais de 4 mil substâncias tóxicas, entre tantos podemos citar a nicotina que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência química e psicológica.
É claro que argumentarmos com um fumante sobre os danos que o tabaco pode causar é inútil, ele mesmo tem de tomar a iniciativa de parar de fumar, por isso campanhas estilo essa lançada na França devem ser divulgadas a todos os fumantes e não fumantes, a idéia de submissão, explícito na campanha, mostrando adolescentes com um cigarro na boca sugerindo a prática de sexo oral forçado por um adulto nos faz pensar que o adolescente com o cigarro está submetido a pior das submissões, a uma escravidão pelo tabaco, como se o cigarro abusasse do fumante, tornando ele preso àquele vício e sabendo dos danos que isso pode causar a sua saúde.
No Brasil foram lançadas campanhas contra o tabagismo colocando fotos bizarras nos maços de carteiras de cigarro o que se pode dizer a respeito do comentário dito pelo presidente da Souza Cruz ''As imagens não informam, mas sim denigrem o consumidor''. Na verdade as imagens expostas nos maços de cigarro não influenciam em nada o fumante ativo, que vai comprar uma latinha pra disfarçar a imagem, ou simplesmente fazem piadinhas do tipo ''a isso não vai acontecer comigo''. Talvez falte no Brasil o uso de campanhas que choquem mais, proibir o uso de cigarros em ambiente fechados contribuiu bastante em relação aos fumantes passivos que sofrem mais com a fumaça do cigarro que é inalada.
As campanhas estão aí vinculadas em todos os meios, e todo mundo sabe dos danos que causam, cabe a cada um analisar e tirar suas próprias conclusões.
A publicidade eleita para análise é de grande impacto e consideramos que o tabagismo é atualmente um dos grandes agravantes da saúde da população. Concordamos com os aspectos destacados porém destacamos alguns detalhes que gostariamos de relevar.
ResponderExcluirCabe dizer que a imagem de um adolescente praticando sexo oral em um adulto também nos lembra uma prática bastante usual na Europa, adolescentes viciados em drogas pesadas e ilegais realizam sexo oral em troca de dinheiro como forma de sustento do vício. Sendo assim, podemos inferir que existe uma mensagem subliminar onde o cigarro, e mais especificamente a nicotina, pode ser comparado com uma droga altamente aditiva. É de conhecimento público que a nicotina tem um grau de adição semelhante ao da cocaína, e que ambas atuam na mesma região do cérebro. Tanto a nicotina como a cocaína ativam a dopamina, substância responsável pelo prazer associado às atividades vitais como alimentação e sexualidade. (Nicotina e cocaína têm modos de atuação semelhantes no cérebro - Disponível em: www.globo.com/ciencia-e-saude. Acesso em 01 Junho 2011) A partir desta perspectiva, podemos afirmar que o tabagismo deve ser considerado como uma dependência química, e a população afetada deve ter assistência da saúde pública capacitada para isso. É necessário desfazer-nos de conceitos arraigados como de que o fumante não consegue parar de fumar por "falta de vontade" ou por "falta de força própria". Somente problematizando de forma séria poderemos curar os seres humanos desse vicio que tanto rendes às grandes empresas do tabaco.
Outro detalhes que pudemos destacar foi que faltaram informações mais completas sobre os efeitos do cigarro nas mulheres. Até pouco tempo atrás, as doenças e problemas de saúde nos seres humanos eram investigadas apenas corpos masculinos, o que deixou as mulheres em desvantagem em relação às advertências dos riscos à saúde em diversas ocasiões. Sabe-se que o uso do cigarro juntamente com o anticoncepcional aumenta consideravelmente o risco de infartos e AVC nas mulheres. Tal risco não é muito divulgado nas campanhas anti-tabagismo(Pílula e cigarro: uma combinação explosiva. Disponível em www.inca.gov.br/tabagismo. Acesso em 01 Junho 2011)
As campanhas anti-tabagismo evoluíram de maneira fenomenal nos últimos anos, já não vemos nossos ídolos fumando em filmes, foi proibida a publicidade em reclames da televisão e os riscos à saúde finalmente formar expostos. Igualmente, a "guerra" contra as grandes empresas do tabaco, que escravizam populações destruindo sua saúde e obtendo milhões em lucro, está apenas começando. Acreditamos que uma empresa que "vende doença" e tem produtos que causam dependências tão severas não passam de traficantes legais e deveriam ser extintas ou pelo menos perturbadas com impostos abusivos.
Essa campanha é interessante porque ela também pode estar querendo mostrar que fumar é algo tão sem pudor para ser feito em público tanto quanto o sexo, já que, para mim, o maior problema do tabaco seria o fumo passivo que agride pessoas que até mesmo odeiam o cheiro de cigarro, pois os fumantes sabem muito bem os riscos que estão correndo, talvez um ou outro não saibam, mas estes com certeza são uma minoria ínfima. Campanhas assim, eu acho, que tem como objetivo maior fazer com que as pessoas não comecem a fumar, justamente porque as que já fumam conhecem esses efeitos, é só olhar atrás do maço que elas podem ver um possível futuro para elas.
ResponderExcluirE sobre o que o Presidente da Souza Cruz disse, é óbvio que ele falaria algo desse tipo, essa frase dele me fez lembrar de um filme, “Obrigado por fumar”, esse filme fala sobre um porta-voz das empresas de cigarro, em que ele consegue manipular informações na mídia de forma que consiga diminuir os riscos do cigarro, um filme muito interessante, e nesse filme ele fala que ele não precisa provar que ele está certo em suas afirmações, só precisa provar que seus oponentes, que no caso são grupos anti-tabaco, estão errados.
Vocês descrevem o objetivo da campanha como sendo “chocar” e esta é uma interpretação possível. Este efeito-leitor está bastante evidente nas campanhas publicitárias desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, como aquelas imagens estampadas no verso das carteiras de cigarro, mostrando cadáveres, doenças, etc. A ideia está atrelada, como vocês bem destacaram à cena, que dá a impressão, num gesto simbólico, de que os jovens estão sendo forçados a fazer sexo oral. Uma outra interpretação reside na capacidade de a campanha provocar os jovens. Isto está relacionado àquelas ideias que construimos historicamente sobre a juventude: a questão da rebeldia, da não submissão, de serem os jovens os responsáveis pelas mudanças no status quo, exatamente por não aceitarem nenhum tipo de “escravidão”, por não se submeterem. Especialmente aos adultos (pelas roupas e postura, parece-me que os que recebem o “sexo oral simbólico” são homens e adultos)! Ou seja: a campanha nos “ensina” modelos de ser jovem.
ResponderExcluirComo a Myrna e a Ângela comentaram, essa imagem de submissão já está presente em nossos imaginários, a partir de filmes e outras mídias, mas atreladas a drogas mais pesadas. Ou seja, esta estratégia de imagem pode buscar colocar o cigarro no mesmo patamar de aceitação social de outras drogas, como cocaína e crack – e, ao mesmo tempo, colocar os tabagistas na mesma categoria social de viciados em crack, cocaína, heroína e afins. Uma outra coisa apontada por elas: eu desconheço campanhas voltadas para o tabagismo da mulher que tratem da especificidade dos efeitos circulatórios em usuárias de hormônios... a maior parte das campanhas voltadas ao público feminino estão vinculadas aos efeitos estéticos. Por quê será?
magino que a descrição que fazem em seguida sobre os possíveis efeitos maléficos do cigarro esteja vinculada a algum tipo de incompatibilidade que vocês tenham com esta prática. Mas, ao descrevê-la como fizeram, vocês apenas repetiram os mesmos discursos que todas as campanhas sobre tabagismo que se baseiam nas ciências biomédicas circulam sobre esta prática. E que, ao final, vocês mesmo dizem, não surtem muito efeito. Quem sabe, se decidirem investir nisso, busquem compreender de forma mais analítica, porquê estas abordagens não funcionam... discutir isto, com base, por exemplo, no texto que trabalhamos sobre publicidade, trazendo elementos apontados no texto que não são atendidos por estas campanhas.
ResponderExcluirAo mesmo tempo, creio que acabaram fugindo um pouco do foco, que seria analisar esta campanha que estão mostrando. Assim, outras perguntas que faço sobre as imagens e que gostaria de ver vocês analisando: por que dois jovens brancos? (podemos dizer que é uma imagem produzida na França, mas, atualmente, há uma enorme população descendente de africanos e árabes lá, que não cabem nesse padrão) No que isso está vinculado à sociedade onde vivemos e aos seus símbolos? Por que os que recebem sexo oral são homens e mais velhos? - isso determina um imaginário sobre abuso: cria-se a ideia de que está relacionado a este padrão de pessoa. Por que sexo oral? Por que não sexo vaginal ou anal? Por que somos “sutis” em relação ao sexo? Como os colegas Luiz, João,Thiago e Samuel destacaram, a ideia de fumar em público pode ser tão “sem pudor”, quanto a de fazer sexo em público.
Outras pergunta, não relacionada à campanha em si, mas que sugere algo para pensarmos: por que esse ataque ao tabaco, em contrapartida ao enorme estímulo, tanto econômico quanto publicitário ao consumo de álcool? Especialmente entre os jovens?
Seria interessante incluir estas reflexões em suas análises, bem como, alguns diálogos com textos estudados ao longo da disciplina, ou outros, como: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v36n6/v36n6a02.pdf e http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000400012&script=sci_arttext&tlng=en. Não esqueçam de citar as referências, ao final do texto.