Este espaço é destinado às construções em Biologia e Educação dos estudantes de Ciências Biológicas da UFSC

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ANÁLISE DA TIRA "NOVAS PERSPECTIVAS" SOBRE O USO DE DROGAS

*Clique na tira para visualizá-la melhor.







A tirinha aborda o uso de drogas por estudantes universitários, apresentando dados de uma suposta pesquisa do IBGE. Mas qual seria o intuito dessa pesquisa? Avaliando apenas as informações da imagem não podemos concluir como foi feita a abordagem desses estudantes, nem ao menos a pergunta feita a eles. Sem as informações corretas fica muito difícil saber se foi questionado apenas o uso de drogas ilícitas ou se abrangia todas elas e até mesmo a frequência do uso (se foi apenas para experimentar ou se é consumida no dia-a-dia) pode ter ficado de fora, o que restringe o foco de quem lê a tira.
Fica evidente, através do humor da mesma, a ideia ainda sustentada pela sociedade de que adolescentes e universitários são, por natureza e por culpa dos hormônios, mais susceptíveis às drogas, às “badernas” e “arruaças”. Banalizar o estudante, tratá-lo como um “maconheiro qualquer” é também uma forma de enfraquecer sua representação, o discurso universitário, as práticas políticas estudantis.
Esses alunos abandonariam as drogas depois de formados? De "amadurecerem", ou isso significa que em poucos anos quase 70% da nossa sociedade será formada por consumidores de drogas?
Pelo que dá a entender nos quadrinhos, o consumo de drogas seria um “pré-requisito” ou um “aquecimento” no ingresso às instituições de ensino superior, já que o garoto afirma fumar maconha pra cursar medicina, curso que também não foi escolhido aleatoriamente, tendo em vista a dificuldade e concorrência na área, por isso o preparo com antecedência, a fim de sair à frente de outros candidatos.
A figura do estudante da tira parece tendenciosa, pois ele é negro, usa dreads e suas roupas têm as cores da bandeira Rastafári, imagem pré-concebida de usuários de maconha, o que é por si só preconceituoso, tendo em vista que não existe um perfil exato de consumidores, nem na questão de gênero, ou sua etnia, estilo, religião, etc. O personagem retratado dessa maneira deixa margem para alimentar a discriminação já existente em nosso país. E a garota da tira? E se fosse ela a usuária e o rapaz ficasse em choque? Será que isso alteraria o conteúdo humorístico? Tendo em vista que ela aparece em trajes ‘conservadores’ (não dá para ter certeza se a personagem é uma professora, nerd, mãe...), ou talvez por ser mulher, ela não poderia ser retratada como consumidora por ser ‘politicamente incorreto’?
Claro que se trata de uma tirinha de humor, mas que pode alimentar ainda mais preconceito se não forem retratados todos os lados que a questão aborda, tanto quando falamos do consumo, do perfil do usuário, ou até mesmo dos questionamentos da pesquisa.

Anna Luiza Remor, Karine Benitez, Felipe Barbosa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ESTÉTICA - BELEZA E REALIDADE

A revista Glamour causou polêmica ao publicar a foto da modelo Lizzie Miller apenas de calcinha e sem alterações da imagem com Photoshop, mostrando uma barriguinha flácida. As reações foram as mais diversas, desde positivas, alegando que a mulher bela é assim, que ela mostrava a realidade, até negativas, dizendo que a modelo estava feia e era um golpe de marketing. Esse acontecimento nos faz pensar em vários pontos: a exposição das mulheres "perfeitas", magras, pela mídia e os transtornos que isso pode causar nas mulheres "reais", pois estas não conseguem atingir a "perfeição". Onde está o limite entre o belo e a saúde? Por que os padrões de beleza estão exponto a magreza como o mais belo? Qual a influência dessa exposição nas adolescentes, mulheres adultas, idosas, etc? Como biólogo pode educar para a estética? Qual a opinião de vocês sobre isso? Pesquisem para ver as opiniões das pessoas na internet, com relação à esse caso.


Valeu!!! =^.^=