Este espaço é destinado às construções em Biologia e Educação dos estudantes de Ciências Biológicas da UFSC

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Análise de artigo sobre sacolas descartáveis

O texto escolhido para análise foi tirado de um blog denominado “Blog Bag Propaganda” (http://bagpropaganda.wordpress.com/2010/08/19/10-motivos-para-recusar-sacolas-descartaveis-e-preservar-a-biodiversidade/) postado em 19 de agosto de 2010. Relacionado à Biologia, Nele são abordados 10 motivos para recusar sacolas descartáveis e preservar a Biodiversidade.
Logo abaixo, confere-se o texto na íntegra:

10 motivos para recusar sacolas descartáveis e preservar a Biodiversidade.





No Ano Internacional da Biodiversidade e com a COP10 – Convenção de Diversidade Biológica prestes a acontecer, no Japão, em outubro, o tema se tornou o centro das atenções do mundo. Muito merecido, afinal, a biodiversidade envolve todos os seres vivos que habitam o nosso planeta – incluindo os seres humanos – e, num sistema interdependente como o nosso, o desaparecimento de uma espécie afeta a vida das demais.
Entre as várias atitudes que podemos tomar para preservar essa riqueza biológica da qual tanto dependemos, está a redução do uso de sacolas plásticas em nosso dia-a-dia. Aproveite para registrar, no site do Planeta Sustentável, as sacolinhas que você recusa diariamente!
Eis aqui dez motivos para você defender essa causa.
1. Os plásticos convencionais levam cerca de 400 anos para se decompor. Segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, de 2009, cada família brasileira descarta cerca de 40kg de plásticos por ano e mais de 80% dos plásticos são utilizados apenas 1 vez.
2. Por serem leves, os sacos plásticos voam com o vento para diversos locais e acabam poluindo não apenas as cidades, mas também nossos biomas, as florestas, rios, lagos e oceanos.
3. A sopa de lixo que flutua pelo oceano Pacífico contém mais de 100 milhões de toneladas, sendo que 90% são constituídos de detritos de plástico. Desse total, 80% vêm do continente.
4. Nos oceanos, as sacolas plásticas se arrebentam em pedaços menores e se tornam parte da cadeia alimentar de animais marinhos dos mais variados tamanhos. Ao ingerirmos esses animais, engolimos também resíduos de plástico que fazem mal à nossa saúde.
5. A ingestão de pedaços de sacolas plásticas já é uma das principais causas da mortes de tartarugas, que confundem o plástico com comida e têm seu aparelho digestivo obstruído. Estima-se, ainda, que em torno de 100 mil mamíferos e pássaros morram sufocados por ano por ingerirem sacos plásticos. Na Índia, cerca de 100 vacas morrem por dia por comerem sacolas plásticas misturadas a restos de alimentos.
6. Nas cidades, as sacolas descartadas de maneira incorreta entopem bueiros, provocando enchentes, que causam a morte de pessoas e animais domésticos, destroem plantas e árvores e até contribuem para que os peixes nadem para fora do leito de rios e morram.
7. Jogadas em um canto qualquer da cidade, as sacolinhas podem acumular água parada e permitir a proliferação do mosquito da dengue.
8. O plástico já é o segundo material mais comum no lixo municipal.Quando os aterros chegam à sua capacidade máxima, é preciso abrir outras áreas – que poderiam ser utilizadas para plantio de vegetação nativa, por exemplo – para o depósito de resíduos.
9. O material orgânico depositado em sacos plásticos demora mais para ser degradado e decomposto em nutrientes e minerais, que serão utilizados em outros processos biológicos.
10. Com a decomposição lenta dos resíduos orgânicos aprisionados nas sacolas plásticas, produz-se mais metano e CO2, que são liberados quando a sacola é rasgada e contribuem para a aceleração do aquecimento global.
Convencido? Então, sempre recusar uma sacolinha no supermercado, na farmácia, na padaria e onde mais te oferecerem uma, registre no Contador de Sacolas Descartáveis Recusadas, do Planeta Sustentável! Já são quase 2 milhões de sacolinhas evitadas. A biodiversidade agradece!

Fonte: Superinteressante


Exercício de Análise I:
Porque o texto foi postado neste tipo de blog?
As informações são apelativas? Que impacto causam?
Qual(is) seria(m) a(s) relação(ões) entre a imagem e o texto escrito?
Que tipo de público deve ser atingido?
O que é dito diretamente e indiretamente?
Porque a atitude de reduzir o uso de sacolas plásticas no nosso dia a dia é tratada com foco quanto à preservação da riqueza biológica da qual, conforme o autor, tanto dependemos?

Como o seu próprio nome já diz, o blog citado anteriormente é de propaganda. Na maioria das propagandas a intenção é persuadir, convencer alguém para algo que está sendo dado atenção.
Todas as informações encontradas tratam-se de uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos para induzir a aceitar uma ideia de formas apelativa e informativa. Informativa-apelativa pelos 10 motivos apresentados para redução da utilização de sacolas plásticas preservando a Biodiversidade.
Por outro lado, intensamente apelativo pelo impacto da imagem que antecede o texto escrito. A figura da ave morta com uma série de objetos plásticos no interior de seu corpo, é mostrada logo no início do texto sob forma de chamar atenção do espectador para que o mesmo se comova e sinta-se motivado para ver o que está sendo abordado.
A relação entre imagem e texto é verificada pelo uso de utensílios plásticos afetando diretamente e indiretamente a biodiversidade.
Deseja-se atingir todos os tipos de públicos. É requerido que uma leva significativa da população atente-se para um problema gigantesco gerado pela poluição que afeta as diferentes formas de vida pelas quais dependemos tanto conforme disse o autor.
O uso de produtos plásticos é tratado com foco não só neste blog como em muitos outros. Talvez seja uma tentativa de alarmar a população para um grande mal, que tem condições de ser amenizado por gestos de consciência ambiental em que todos podem fazer, uma vez que sacolas
plásticas fazem parte da vida da maioria das pessoas.
O endereço eletrônico http://www.blogpaedia.com.br/2009/11/sacolas-plasticas-saocomestiveis.
html, é um dos blogs que também faz referência ao uso de sacolas plásticas. Ele traz o seguinte título: Sacolas plásticas são comestíveis. De forma intensamente apelativa, mais uma vez são abordados os problemas ambientais gerados pela indiferença humana ao poluir o ambiente com
o consumo exagerado de sacolas plásticas.



Leoni L. Fagundes

Análise de uma tira sobre adaptação




A charge acima representa as teorias evolucionistas de Lamarck e Darwin. A primeira se baseia em: caracteres adquiridos e a lei do uso e desuso. Ou seja, de tanto usar o pescoço, ele aumentou e isso foi passando de geração em geração. A teoria de Lamarck foi depois contrariada por Darwin, que acreditava que existiam as girafas de pescoço longo e as de pescoço curto, mas pela adaptação na natureza só as girafas de pescoço longo sobreviveram pois essa conseguiam mais alimento.
Tanto para Lamarck como para Darwin o meio ambiente exerce um papel preponderante no processo evolutivo. Segundo Lamarck o ambiente é o principal fator que provoca modificações nos organismos; para Darwin o ambiente apenas seleciona as variações mais favoráveis.
O fato de o menino Calvin arranjar uma adaptação com os pés de pau nos remete a teoria de Lamarck, ao passo que ele adquiriu uma adaptação para conseguir alimento. Entretanto pode ser interpretado como Darwinista pelo fato de que ele que tem perna de pau consegue alcançar o alimento e sobreviverá, no entanto aqueles que não possuírem as pernas de pau não conseguirão alcançar as bolachas.
A tirinha diferente dos textos didáticos tradicionais prende a atenção de uma criança do ensino fundamental por se tratar de uma cena típica para estas que estão em fase de crescimento. Muitas vezes um artigo de duas páginas não consegue explicar para uma criança -que fica cansada até o final da leitura- o que significa as teorias evolucionistas.


Luíza Lucas

Análise de texto sobre taxonomia

SISTEMÁTICA OU TAXIONOMIA
texto disponível em: http://www.soartigos.com/artigo/1072/sistematica-ou-taxionomia/

Segundo pesquisadores modernos existem no mundo atual entre 2800 a 4000 idiomas e em cada uma dessas línguas , os animais e as plantas receberam nomes que se popularizaram , formando denominações que ninguém no mundo conheceria, esse fato mostrou aos biólogos a necessidade de se padronizar todos os nomes dos seres vivos.
Por volta de 1740, nos estados unidos, o zoólogo mark catesby já fazia uma tentativa de padronização de nomes e lançava um livro de zoologia no qual propunha , por exemplo , para o tordo ( sabiá americano ) a denominação científica de ''turdus minor cinereo-albus nom maculatus'' (tordo pequeno branco acinzentado sem manchas ) , com efeito era um nome muito grande para um pássaro tão pequeno.
Em 1758 na décima edição de seu livro “systema naturae”, karl von linné estabelecia as regras de uma nomenclatura binominal para plantas e animais , cada organismo passava então a ter uma denominação com dois nomes seguidos , e assim o tordo americano recebeu um novo nome : mimus polyglottus; que mais tarde seria substituído por: turdus migratorius. Tentativas de classificar os seres viventes remontam á antiguidade, por exemplo, Aristóteles já dividia os animais em dois grupos: animais com sangue e animais sem sangue , ao longo dos séculos os estudiosos tem procurado classificar os organismos com base nas características mais evidentes dos mesmos , com classificações que dividem os seres em aquáticos e terrestres ou macroscópicos e microscópicos.
Durante muitos séculos, os seres foram divididos em dois grandes reinos: vegetália e animália, Linneu muito contribuiu para esse tipo de classificação. Os naturalistas do século 19, representados principalmente por Haeckel propuseram a instalação de um terceiro reino, o reino dos protistas, seres com características de animais e vegetais, posteriormente os biólogos resolveram colocar os seres procariontes, surge o reino monera das algas azuis , em 1969 , o cientista norte americano R.H.Witthaker propôs uma nova classificação dos organismos em cinco reinos:
-moneras
-protistas
-plantas
-fungos
-animais


Questões:
● Sobre o que o texto trata?
● Como é usada a linguagem (como é feita essa transmissão de informação)?
● O que o artigo não comenta sobre o assunto?
● O texto traz fatos críveis?
● O texto é feito para que público alvo?
● As informações contidas e o título conferem o conteúdo encontrado?

Análise do Artigo proposto:
Este texto trata sobre taxonomia, ou seja, sobre a organização dos grupos de indivíduos em táxons separados a fim de melhorar a organização para um estudo e entendimento mais claro. A linguagem do artigo é clara e objetiva, com explicação breve e superficial do assunto em questão, explica perfeitamente o básico e o início dessa organização em grupos.
O artigo deixa um pouco a desejar na parte de uma explicação um pouco mais profunda dos grupos, poderia ter citado, mesmo que a grosso modo, grupos monofiléticos e parafiléticos; ter feito uma breve explicação do porque de criar novos grupos ao longo dos anos, como, o que estava acontecendo(?), qual a real necessidade de novos grupos serem formados(?).
O texto, assim por se dizer, é perfeitamente “crível”, traz os fatos com datas precisas e o nome dos pesquisadores e cientistas da época que fizeram a descoberta ou criação do assunto discutido, mostra a evolução dos fatos, de um ao outro com novas descobertas e evoluções ocorridas ao longo dos anos.
O título do artigo confere com seu conteúdo e o mesmo acontece com as informações dadas, tudo que é abordado e falado é de precisa informação, os dados não são inventados e não encontramos assuntos sem o enfoque correto, o público para o qual esse artigo é feito é certamente um público leigo em taxonomia, uma vez que não se trata de um artigo com um grau de cientificidade elevada ou de difícil entendimento, contudo é também perfeito para alguém que há muito tempo, mesmo sendo perito no assunto, não recorda das partes mais básicas do conteúdo referido.


Saulo J. dos Reis

Análise de uma reportagem sobre o fim dos oceanos



Análise do texto: “O Fim dos Oceanos” disponível em: http://super.abril.com.br/ecologia/fim-oceanos-447919.shtml

Primeiro, a capa: o peixe feito de lixo, tenta representar o fim da vida marinha e que o único ser vivo que vamos encontrar vai ser feito de lixo. E ainda o “x” no olho, representa morte, dando assim uma prévia do que o leitor irá ver no conteúdo da revista; e o título sendo polêmico “o fim dos oceanos”, um tanto quanto sensacionalista. Das 3 frases abaixo da capa, posso identificar que a terceira “E os especialistas alertam: o futuro dos mares é sombrio” é muito vaga e de novo, sensacionalista, quem seriam esses especialistas e seriam eles dignos de confiança? O texto está relacionado à biologia por usar vários termos da mesma, biodiversidade, cadeia alimentar e relações intra específicas são assuntos do texto, além de citações e a biodegradação do lixo por bactérias.

“[...] É que os animais marinhos usam a audição para quase tudo – para encontrar o lugar de procriação, o parceiro sexual, a comida. E o mar virou uma linha cruzada dos diabos. Cientistas concluíram que a baleia-azul está ficando surda – escuta a distâncias até 90% menores do que antes. Já a orca está precisando gritar – produzir cantos mais longos para se fazer ouvir. Outras baleias aparecem mortas nas praias após testes militares com sonares caça-submarinos – seus 235 decibéis causam hemorragia nos ouvidos e nos olhos dos animais.”

Esse trecho faz a abertura do texto, e só ele é o suficiente para afetar o leitor e talvez influenciá-lo a tomar uma posição a favor dos oceanos e da natureza e fazer o resto da leitura do texto analisando como um ativista do Greenpeace, o que é a intenção do autor (que claramente é contra todo tipo de interferência no ecossistema marinho). Dá para perceber que a intenção do autor é trazer o leitor para o seu lado, por que ele apenas cita essa parte revoltante, e depois muda o contexto.

“E leva para o Japão, país que captura 25% dos atuns-azuis dos oceanos. No maior mercadão de peixes do planeta, o Tsukiji, em Tóquio, um desses peixes é leiloado por até US$ 25 mil. Os que são pescados pequenos ficam enjaulados em fazendas de engorda nas costas de países como Espanha, Itália e Turquia. Passam meses sendo alimentados com peixes gordurosos e depois são abatidos a tiros – isso mesmo, a tiros. Então seguem seu caminho rumo ao desaparecimento e às mesas dos aficionados por sushis.”

Bom, basicamente o quê o texto tenta explanar é a denúncia da pesca predatória. Mas em nenhum momento o texto diz ao leitor que a dieta de muitas famílias no Japão é o peixe, que apesar de ser um ser vivo e que precisa ser preservado, há uma necessidade primária humana envolvendo todo esse quesito de pesca, claro que há também os pesqueiros que praticam a pesca predatória apenas para lucrar e não para abastecer o mercado alimentício.

“Essas projeções são parte dos estudos estatísticos de uma década de Boris Worm, professor de conservação marinha da Universidade de Dalhousie, no Canadá. Junto com outros cientistas, ele estimou que, das populações de grandes peixes que nadavam em nossos mares em 1900, podem ter sobrado só 10%.”

Dessa maneira de tratar a informação “que foi citada por cientistas” o texto passa a impressão ao leitor desavisado de que isso é uma verdade absoluta por se tratar de ciência, mas nós sabemos que na história, a ciência na verdade não é imutável e infalível. O que também pode ser visto neste trecho: “segundo Daniel Pauly, cientista da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Depois de estudar as estatísticas de pesca entre 1950 e 1994, Pauly publicou um artigo-bomba em que afirma: “Estamos comendo hoje o que nossos avós usavam como isca”. Ele previu que, nesse ritmo, acabaríamos almoçando águas-vivas e jantando plâncton.”
E também apela para nosso paladar, quem gosta de comer água-viva? Realmente este tipo de linguagem usada no texto tenta chocar ao leitor, mas se o texto presume que o leitor come alimentos marinhos também, como o texto pode criticar tanto a mesma pesca que é usada para preencher o cardápio do brasileiro? então o que quero dizer é que o autor critica a pesca, mesmo dizendo que o próprio leitor usufrui dela. O autor está livre de qualquer culpa? Isto pode ser visto em outro trecho do texto:
“Se desgraça pouca é bobagem, o que podemos esperar de impactos no dia-a-dia? No mínimo, uma mudança de dieta. Você já comeu água-viva? Bem, talvez daqui a 50 anos você se acostume com a idéia.”

“A segunda informação supreendente é que a Grande Barreira de Corais australiana – aquela pirotecnia de cores e peixes e tartarugas-marinhas que é a única estrutura viva do planeta que pode ser vista do espaço – está ficando branca. Ou melhor, pálida. E não só ela mas todos os recifes de corais da Terra. De novo, a culpa é dos mares quentes. Eles fazem os corais sofrer, se contrair e começar a sufocar as algas que vivem em simbiose dentro deles – dando a sua cor e seu alimento. As algas então liberam toxinas para forçar o coral a expulsá-las. Então eles ficam brancos e doentes. Se a temperatura continua quente e há outros desequilíbrios ao redor, os corais morrem.”
Aqui eu vejo outro tipo de afirmação que pode ou não ser verdade, e que afeta muitos leitores, ao dizer que a culpa é dos mares quentes, o autor se apóia em quê?! Seria o autor um renomado biólogo ou especialista na área?

A solução proposta pelo texto:
“As fazendas marinhas Uma solução encontrada para amenizar o declínio dos estoques de pesca é a aqüicultura, as fazendas marinhas. São hoje o setor da indústria alimentícia que mais cresce no mundo. Bem manejadas, as fazendas marinhas podem até aliviar a pressão sobre o oceano. Delas já saem 30% dos frutos do mar que comemos – salmão, truta, bacalhau, camarão.”

Esta é a solução que o texto dá para a pesca predativa. Mas isto realmente mudará alguma coisa? A conclusão que tiro desta solução é que a vida marinha vai sempre ser escrava da vontade humana. Para a nossa cultura ocidental em geral a maior aceitação é que devemos preservar a vida e para isso a fazenda marinha seria um bom subsídio, pois seria um recurso “renovável” de seres vivos. Enquanto aos japoneses que fazem a pesca por que realmente precisam fazê-la para SOBREVIVER, será que na cultura deles a pesca é vista como uma má coisa ou uma solução para a fome, será que na cultura deles o importante é preservar? Então com estas dúvidas levantadas, o texto realmente não poderia passar a imagem do pescador japonês como um vilão, pois muitas vezes, ele depende do emprego de pescador para sustento.

Guilherme Burg Mayer

Análise da música Camila da banda Nenhum de Nós

Escolhemos para análise a musica Camila Camila da banda Nenhum de Nós.
Com uma letra impactante e de fácil memorização, com um ritmo rock estilo balada, que se transformou no maior sucesso da banda, os seus integrantes quiseram trazer ao público sua postura sobre um tema que há vinte anos atrás estava começando a ter um pouco mais de atenção. Milhares de mulheres sofriam de violência e não tinham a quem ou ao que recorrer.
As frases metafóricas de sentidos variados nos permite interpretar a música de várias maneiras. Mas os integrantes da banda mesmo dão a interpretação da música, a razão por que a escreveram e a inspiração no site oficial da banda (www.nenhumdenos.com.br). Eles dizem que precisavam expor sua indignação com relação às mulheres que se deixam passar por agressividades de maneira passiva e também sua indignação com os homens que agridem essas mulheres.
Lendo isso fica claro o que cada frase da música diz, dá pra sentir o pesar e a dor da “Camila” com toda aquela situação. O tom de pesar, porém suave da voz de Thedy Corrêa, dá um ar de drama muito característico e providencial ao contexto da música.

Camila, Camila
Composição: Carlos Stein / Sady Hömrich / Thedy Corrêa.

Depois da última noite de festa
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer

A “noite de festa”, festa para quem? Nessa frase mostra claro o sofrimento da mulher depois de uma noite de abusos e violência.
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação

Aqui mostra uma característica comum entre mulheres violentadas: a justificativa, como por exemplo, “ele estava bêbado, não sabia o que estava fazendo”, ou “a culpa foi minha, eu não devia ter feito ou dito aquilo”, ou então “eu mereço isso”.
Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer

Nesse trecho retrata novamente a noite de violência que nem sempre precisa ser de noite, pode ser a qualquer hora do dia.
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora...oh...

O desespero é retratado com o pedido de o agressor ir embora.
Camila, Camila
O clamar pelo nome da vítima pode ser interpretado como uma tentativa de chamar a moça a acordar, a pedir ajuda, a se libertar.
Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

Nessa parte, temos a caracterização da mescla de sentimentos de ódio e medo, de saber que um simples olhar pode trazer conseqüências terríveis. E o ódio que por vezes pode ser interpretado vindo da vítima, com ódio do seu agressor, ou do próprio agressor que sentindo tanto ódio independentemente do motivo, não vê o que faz e destrói aos poucos a vida de outra pessoa.
A lembrança do silêncio daquelas tardes
Daquelas tardes

A lembrança do silêncio naquelas tardes, mostra o sofrimento calado, escondido.
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas

As marcas, as cicatrizes da violência e do sofrimento, a vergonha de se olhar no espelho, de sair na rua, a tentativa de, ao estar de frente do espelho, encontrar justificativa para que aquilo tudo tenha acontecido.
Havia algo de insano naqueles olhos,
Olhos insanos
Os olhos que passavam o dia a me vigiar, a me vigiar... oh...

Aqui, a frase se auto-explica, falando da insanidade, da perda de razão, os olhos de quem já não sabe o que faz, mas mesmo assim o faz. Os mesmos olhos que vigiam que controlam e impõem medo e submissão.
Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer

Aqui novamente encontramos a submissão, o aceitar sem lutar, sem fugir, sem gritar.
Pode se dizer que a época em que a musica foi escrita, e por conseqüência acabamos contextualizando ela nesse período, no final dos anos 80, a mulher não tinha a quem recorrer, o sofrimento ia existir de qualquer forma, calada ou não, então pela vergonha acabavam por sofrer calada. Mas essa música transcende época, ela é super atual e tentamos entender como alguém, que tem a quem recorrer, tem a quem pedir ajuda, que pode se sentir segura novamente e seguir sua vida sem medo ainda abaixa sua cabeça para tudo e deixa as coisas acontecerem.
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila.


Quantas Camilas mundo afora dizem ser essa a sua música sem fazer idéia do teor melancólico e trágico até de seu conteúdo. Quantos artistas dedicam essa musica as Camilas também sem saber da história por trás da musica. É interessante como a falta de conhecimento sobre de que se trata a música traz interpretações diversas.
Algumas interpretações que encontramos e que podem servir de exemplo são essas:

“Não está claro que Camila é um homossexual que o estava perturbando em uma festa? e Tedy como intelectual que "era" colocou de uma forma enigmática, subentendida por preconceitos à época.”
“Pra mim é só uma música sobre adolescência, como outras tantas.”
“acho que ela fala sobre drogas... é uma letra estranha...”
“Eu acho que Camila foi um amor não correspondido. Alguém que o compositor amou muito, talvez uma amiga próxima. Certamente Camila tinha um namorado que deixava marcas (que poderiam ser de amor ou de dor); o compositor tinha ódio e desejava que ele fosse embora (talvez até morresse?). Tímido e com apenas 17 anos ele baixava a cabeça para não ver Camila nos braços do outro, que devia ser um tipo cafajeste.”

Esses são alguns exemplos de como uma música como esta pode ser interpretada, podemos contextualizá-la nos dias atuais e pensar em possibilidades como anorexia, ou então com depressão, até mesmo a insatisfação e a vergonha de não se encaixar nos padrões de estética e padrões sociais.
Como dissemos antes essa música usa de frases metafóricas, podendo ter centenas de interpretações. Cabe a cada um de nós darmos o sentido à ela, mas podemos usar o que foi pré-estabelecido como ferramenta didática para trabalhar esta música, com uma letra impactante, por ser um hit e de grande receptividade entre jovens, como instrumento sobre o assunto em aulas de educação sexual. Alertar orientar e conscientizar moças e rapazes.
A própria banda traz uma solução para o problema, a libertação da violência e do medo. Trazem esta parte da história em outra canção chamada Fuga, a música já tem notas e uma letra mais suave, um tom de liberdade e alívio. Com um ritmo mais alegre, traz a personagem se libertando do seu agressor. Thedy conta no encarte do álbum acústico e ao vivo 2, que essa música é sim o final da historia, ou o recomeço. Não se pode esquecer desse lado, da solução do problema, deve ser apresentado junto, para que o contexto fique completo.

Fuga
Composição: Thedy Corrêa

Nunca mais vai estar em casa
E Nada será igual

A mudança, a decisão de que tudo vai ser diferente a partir desse momento.
Olhava as pessoas em volta
E Ninguém podia Ajudar

Nas ruas, ou em algum lugar qualquer, num abrigo amigo, na casa da família, não importa, ninguém consegue entender o que ela passou e ninguém pode efetivamente ajudar para que toda dor e sofrimento passem.
Tinha o fogo em suas mãos
E dentro de si o medo

O fogo do ódio, da revolta ou até de um possível crime, e o medo de passar por tudo aquilo de novo, o medo de ser encontrada.
Pensava em tudo o que ficou
E Quando todos percebessem
A garota se mandou!
Pensava em tudo o que ficou
E Quando todos percebessem
A garota se mandou !

O olhar para trás, o pesar e a revolta, e a decisão de fugir, de sumir, sem deixar rastros, começar uma vida nova sem dor e sofrimento.

Tudo em volta parecia um sonho
Nada fazia sentido
E Nada será igual
O silêncio das paredes Esperava
O silêncio Esperava

Olhar para os lados e saber que não existe nada a temer, que tudo vai ser diferente a partir desse momento, isso tudo deixar de ser sonho deixa a pessoa meio perdida desnorteada, sem saber o que fazer, mas com a certeza de que tudo será diferente. O silencio das paredes esperando quer dizer que agora tudo depende dela, que o silencio espera sua decisão de como serão as coisas desse momento em diante.
Então Adeus é mais que um pensamento
Então Adeus Palavra Triste

O adeus deixou de ser uma vontade pra se tornar a realidade, e a palavra triste se torna sua libertação se torna o inicio de sua felicidade.
Pensava em tudo o que ficou
E Quando todos percebessem
A garota se mandou !
Pensava em tudo o que ficou
E Quando todos percebessem
A garota se mandou !

Aqui se reforça a idéia de rever o que se deixou para trás e correr atrás da sua vida de felicidade.


Fontes de textos analisados:
Camila Camila
Album: Nenhum de Nós – 1987
Fuga
Álbum: Cardume - 1989
http://www.nenhumdenos.com.br/


BIANCA RODE PETRY, MARCELA POSSATO CORREA DA ROSA e MIRIAN FELIX

Análise de imagens de campanha anti-tabagismo

Esse exercício tem como objetivo analisar duas figuras vinculadas ao consumo de cigarros pelas mulheres. De acordo com a Organização Mundial de Saúde elas representam 20% dos fumantes no mundo, o que significa mais de 1 bilhão de fumantes do sexo feminino. Para chamar a atenção deste público-alvo têm-se duas figuras de propagandas diferentes.





Essa imagem é uma propaganda da revista Trip. O layout dessa imagem é uma comparação às imagens do ministério da saúde colocadas atrás dos maços de cigarro, que é uma imagem centralizada, contendo o mesmo retângulo centralizado na parte superior da imagem e traz o mesmo “Adverte” que contém o do ministério da saúde. Essa imagem mostra uma jovem mulher, loira de olhos claros, muito bonita e sorridente, (que indica felicidade), porém com os dentes bem amarelados (que é um dos efeitos que o fumo pode causar no indivíduo) e com os seguintes dizeres: “Fumar causa mau hálito e derruba a sua fachada”. “Mau hálito” e “derruba fachada” encontram-se em destaque, pois é essa a idéia que a propaganda tenta despertar, o ataque à vaidade feminina. Ela tenta mostrar que o uso do cigarro pode tornar uma mulher jovem, bonita e feliz, desinteresante por ter a aparência derrubada, no caso com o sorriso amarelado, e também pelo mau hálito causado pelo cigarro. A revista Trip é uma revista voltada ao público masculino, por conter reportagens para esse público e também mulheres seminuas em ensaios sensuais. Logo podemos constatar que a imagem não visa apenas levar a mensagem de que uma mulher que fuma seria menos atraente apenas para o público feminino no sentido de conscientizar sobre o uso do tabaco, mas, principalmente, traz uma chamada ao homem (seu público alvo): que uma mulher bonita fumante, pode pelo vício torna-se uma mulher desinteressante com o passar do tempo.



A 2ª figura é uma propaganda do ministério da saúde vinculada a revistas e jornais, mostra novamente uma bela mulher, sorrindo feliz em uma metade da imagem e, na outra metade, o que essa mulher poderia se tornar com o uso do tabaco: pele mais escura, lábios secos e rachados e dentes amarelados e podres. O ataque dessa imagem é novamente na vaidade feminina, com os dizeres “O que eles vendem não é o que você leva” tenta mostrar que a felicidade, socialização que o cigarro traz tem outro lado que é a doença, a destruição da imagem. Logo isso atacaria o lado “bom” que a imagem traz, pois com uma doença, ou piora na aparência, traria problemas na auto-estima, logo na felicidade e socialização que a imagem esta querendo mostrar.



Danielle Cardoso

Análise de artigo sobre genética

Texto analisado: A genética fracassou?

Os anos 2000 começaram com o anúncio de uma revolução. O código da vida havia sido decifrado. Estávamos prestes a entender as doenças mais misteriosas. E transplantes de DNA dariam conta dos distúrbios mais graves. Mas nada disso aconteceu até hoje. A revolução ainda está a caminho?
por João Vito Cinquepalmi

Escrever o manual de instruções de uma pessoa. Esse era o objetivo dos cientistas que começaram a mapear e seqüenciar o genoma humano, em 1990. Um trabalho duro. A chave para desvendar nosso corpo estava em um código formado por milhares de genes, cada um deles com uma função definida - e completamente desconhecida. Com um mutirão de cientistas e computadores potentes, no entanto, o mundo achou que chegara a hora de entender tudo: por que ficamos doentes, nascemos com cabelos lisos ou crespos, sentimos mais ou menos dor do que os amigos. Entender por que uma pessoa funciona do jeito que funciona.
Seria uma obra revolucionária para a saúde do homem. Saberíamos com antecedência que doenças nos afetariam no futuro. Desligando genes que causam disfunções e ligando aqueles responsáveis pelo conserto, seria mínimo o risco de sofrermos de males hereditários. Acreditando nisso, o mundo comemorou quando o mapeamento do genoma humano foi apresentado em 2000, quase completo. Em coisa de 10 anos, diziam os líderes do projeto, viveríamos melhor. E mais.
Os 10 anos se passaram e o que foi prometido não aconteceu. Seu médico, leitor, ainda não sabe por que exatamente o câncer afeta pessoas saudáveis de repente. Nem prescreve remédios feitos só para você, de acordo com seu genoma. Mas por que a pesquisa genética fracassou em suas promessas? E uma pergunta mais importante: ainda tem chance de dar certo?


Revista Super Interessante
Edição 282, Setembro de 2010.



Análise do texto
Escrever um manual do ser Humano, é considerá-lo de certa forma uma mercadoria a qual vamos até uma loja de departamentos, escolhemos o produto e levamos para casa, ao chegar em casa lemos o manual para melhor compreendê-lo.
Situação imposta por um grupo de cientistas no qual uma minoria tenta impor uma suposta solução para os males da humanidade.
Que mundo é esse, que gostaria de desvendar o seu próprio corpo e o corpo da humanidade, até onde isso é real ou não? Por que gostaria eu de saber se amanhã, ou daqui a 10 anos estarei enfermo ou até mesmo morto, se poderei ou não me curar? E a opção de simplesmente desligarmos um gene que me deixaria doente, o ser humano é um produto eletrônico onde simplesmente podemos desligar ou ligar o que desejamos?
Pois é, 10 anos se passaram, muito do genoma foi feito mais o quê de concreto a população viu?
O que será que é certo ou não para que isso seja uma verdade, até onde a população quer seu corpo lido pelo médico? Viverei em paz se souber que daqui a duas semanas irei morrer e nada poderei fazer, ou que simplesmente viverei mais porque tenho o direito de desligar qualquer coisa que possa fazer mal ao meu corpo?
Mas, na verdade, quem poderá ou quem poderia pagar para ter seu genoma (corpo) decifrado? Será que eu ou você realmente queremos saber dos nossos problemas?
Chegamos ao século 21 e o ser humano passou de um ser vivo pertencente a todo um ecossistema a mais um objeto nas prateleiras deste sistema econômico mercantilista, onde tudo e todos têm um preço a ser pago.


Eduardo Roberto Silva

Análise de artigo sobre poluição dos oceanos por materiais plásticos

Texto escolhido : Oceano de plástico. Retirado do site: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_272127.shtml)

1 - O texto se relaciona com biologia, pois aborda o tema poluição marinha, em que o mesmo analisa os estatísticas sobre a demanda de lixo, como os plásticos lançados no meio marinho, ou seja, analisa como a poluição prejudica a vida marinha.

2 - Roteiro de leitura

Como o texto chama a atenção do leitor para os impactos da poluição marinha?
Quais as fontes de pesquisa do autor?
Qual o objetivo de demostrar essas fontes?
O texto dá solução ao problema?
Existem outros textos que abordam essa temática?
Qual a relação entre os textos na forma de chamar a atenção e conscientizar o leitor?


3 - Texto analítico

O texto aborda o tema poluição marinha e se refere ao processo com muitos dados estatísticos (utilizando de porcentagens e comparações estatísticas) para causar impacto no leitor já que esse tema é um tema bastante polêmico. Utiliza de fontes como Greenpeace (órgão ativista ambiental muito famoso pelos seus movimentos polêmicos e que atingem grandes repercussões) e seus pesquisadores (enfatizando ainda a formação de cada um e o órgão especifico que o mesmo atua) para dar mais ênfase à polêmica.
O objetivo de demostrar essas fontes é dar mais credibilidade ao texto, já que o mesmo fala sobre os prejuízos causados pelos impactos ambientais e o órgão utilizado sempre aparece na mídia sempre na luta contra esses impactos, ou seja é referência na luta contra impactos ambientais.
Porém o texto não traz soluções para o problema e sim críticas e definições sobre o problema. Diante de tantos dados estatísticos e referencias espera-se ao menos uma sugestão.
Vários textos exibem esse tema, ainda mais em tempos que só se fala de poluição e impactos ambientais, a questão dos impactos da poluição marinha estão em alta nas críticas ambientais.
Os textos usam praticamente da mesma “técnica” para afetar o leitor pelo emocional, utilizando argumentos matemáticos, às vezes com imagens apelativas como animais deformados, utilizando de órgãos ativistas que estão em alta na mídia.

Cecília Gabriela Pereira Bode

Análise de um post de blog sobre tabagismo e gravidez



Identificar os efeitos das drogas tem sido para os especialistas uma tarefa desafiadora. Essa idéia se torna ainda mais difícil devido ao fato dos efeitos das drogas serem sutis, visíveis apenas muitos anos após o nascimento da criança, na forma de dificuldade de aprendizagem ou de maior risco de problemas de comportamento. Porém, já existem algumas conclusões bem claras relacionadas ao uso de álcool e cigarros. No caso de cigarros, quanto mais a mãe fumar, maior será os efeitos negativos sobre o peso do bebê , e quanto mais velha a mãe, mais provável que o cigarro esteja ligado ao baixo peso no nascimento.E simples de compreender: a nicotina contrai os vasos sanguíneos , diminuindo o fluxo de sangue e a nutrição para a placenta. Sendo assim, a mensagem passada é clara: o mais seguro é não fumar durante a gravidez. As fumantes devem deixar o vicio assim que souberem da gravidez, e caso não consigam, devem ao menos tentar reduzir o possível o uso de cigarro.
Fonte: blog “Materno e infantil”, disponível em: http://maternoeinfantil.blogspot.com/



Análise

Qual assunto trata o texto e como ele é abordado?
O texto apresentado é conteúdo postado por um participante de um blog. Esse blog tem o objetivo de informar e discutir questões relacionadas à maternidade, porém, o material não tem, necessariamente, fundamentação científica, logo, seria importante saber qual a fonte do conteúdo para dar mais credibilidade ao mesmo.
Contudo, o conteúdo apresentado chama atenção para o risco que o uso do cigarro na gestação oferece à criança. Logo, o texto é importante e educativo, mas é interessante que outros textos sobre o assunto sejam consultados.
Também e interessante o fato de ser uma mulher que esta fumando na figura, pois alem de causar doenças cardiovasculares e respiratórias causa também infertilidade, menopausa precoce, assim sendo elas as mais prejudicadas com o tabagismo.

Quais os recursos utilizados no texto?
O texto utiliza uma imagem e um texto escrito. A imagem chama atenção e deixa claro qual é o assunto, pois mostra uma mulher nua e grávida fumando, com um x sobre a imagem, como se fosse uma placa de proibição, dizendo que é proibido fumar na gravidez. Logo, mesmo sem ler o texto e possível receber a mensagem. O texto escrito apresenta as informações que justificam a imagem, alertando sobre os efeitos negativos do tabagismo na gestação.

As informações contidas no texto precisam ser complementas?
Existem outras informações sobre o assunto eu podem ser mencionadas para complementar o texto, conforme abaixo.

1. O peso e o nascimento prematuro são os únicos efeitos do cigarro ao bebê?

R: O jornal da Universidade Estadual de Campinas – 25 de abril a 1º maio de 2005 apresenta alguns outros riscos, tais como interferência no sistema imunológico; danos para os órgãos em desenvolvimento devido à nicotina do sangue da mãe, que é transferida ao feto. Isso predispõe a bebê a doenças infecciosas depois do parto; aumento dos batimentos cardíacos e alterações neurológicas; problemas respiratórios e até mesmo na amamentação, quando a nicotina é transmitida através do leite, prejudicando principalmente os pulmões da criança.
Um estudo, citado no mesmo jornal, apresenta o uso de cigarro como causa na redução do hormônio adiponectina em recém nascidos, esse hormônio tem propriedades antiinflamatórias e antiaterogênicas (previne obstruções arteriais) e sua redução pode provocar infartos e tromboses.
2. O texto explicou todas as alterações provocadas no organismo com o uso do cigarro?
R: Não, o texto apenas falou da contração dos vasos sanguíneos, porém existem outras alterações, como a redução na produção de hormônios acima citada. E um único cigarro fumado pela gestante é capaz de acelerar em poucos minutos os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre seu aparelho cardiovascular.

3. O que mais o texto poderia informar?
R: Um dado importante, obtido no endereço eletrônico do Hospital Santa Lucia é que das gestantes que fumam 36% não conseguem deixar o vício na gestação, isso alerta para o fato de que é melhor que haja um planejamento para parar de fumar antes da gravidez.

4. O cigarro faz mal apenas durante a gestação ou já há alguma alteração hormonal?
R: O cigarro aumenta a taxa de infertilidade, causa alterações no ciclo menstrual, problemas durante a gravidez, doenças cardiovasculares e respiratórias. E tudo se complica quando a mulher também usa o anticoncepcional, pois quando esses dois elementos se juntam, os efeitos se potencializam.
Jenifer Matos de Avila e Renato A. M. Franke

Análise de fotografia sobre a pesca da tainha e o boto de Laguna

Texto: Imagem – Pesca com auxílio de boto




Relação com a biologia:
No litoral de Santa Catarina, em Laguna, os pescadores tem a ajuda de boto para auxiliar a pesca local. Existem divergências entre os a relação homem-boto. Alguns cientistas acreditam que é uma ótima forma de pesca onde ambos saem beneficiados e outros contradizem querendo acabar com a pesca com botos.

Perguntas:
Porque a foto foi tirada com o boto em foco?
Porque os pescadores aparecem em segundo plano?
Porque as dunas aparecem na foto?
Qual a impressão que essa foto dá para quem não sabe da pesca com botos?
Poderia ter sido utilizada uma foto melhor para demonstrar a pesca?

Texto analítico:
O boto se encontra em foco, pois é ele a novidade em questão. Na verdade o centro das atenções é o que diferencia essa pesca de outras pescas comuns. Com ele em primeiro plano se tem a conclusão de os botos serem o assunto principal.
Os pescadores vem em segundo plano, pois sem eles a pesca não ocorreria e assim os botos não ajudariam. A imagem vem a dizer sobre a pesca de humanos com auxilio dos botos então sua imagem em segundo plano é essencial para o entendimento geral da imagem.
As dunas devem aparecer na foto. Como conjunto da imagem o cenário é essencial para a compreensão de em qual ecossistema acontece a pesca, como podemos observar é um local de encontro das águas já que dunas são, em Santa Catarina, um bioma característico de litoral (praias).
Para quem desconhece a pesca com botos e observa essa imagem pode concluir que os pescadores possam estar pescando os próprios botos, para isso a utilização de uma melhor imagem esclareceria as coisas. Porém não é tão simples assim fotografar essa interação homem-boto. Por isso deve seguir uma legenda ou algo do tipo.

Um pouco mais sobre a pesca com botos

disponível em:

http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/26507/26070

Pesca com o auxílio do Boto: A base da economia de Laguna é a pesca. Uma curiosa técnica usada pelos pescadores locais é considerada atração única no Brasil e raramente ocorre em outros lugares. Trata-se da captura de peixes, principalmente da tainha, com o auxílio de botos (golfinhos). De pé, dentro da água, com as tarrafas (tipo de rede) prontas para o arremesso, os pescadores aguardam pelos botos. Quando eles aparecem, encurralando o cardume em direção à margem do canal que liga o mar com a lagoa, as tarrafas são lançadas aprisionando os peixes num espetáculo incomum e fascinante.
Os botos passam longo tempo dentro do canal em contato com os pescadores.
Tal pesca, com auxílio dos botos, integra a cultura lagunense, atrai turistas e só existe em outros dois lugares no mundo: Austrália e África do Sul.
O pescador nativo profissional sobrevive dessa atividade. Trata-se de um direito seu, responsável pelo sustento próprio e da família. Ocorre que seu espaço de trabalho foi invadido pelo turista e pelo pescador artesanal que além de observarem o espetáculo atrapalham os pescadores nativos prejudicando-os. Invadem as areias da praia, formando filas enormes para capturar os cardumes trazidos pelos botos. Tomam para si, de forma predatória, o “peixe nosso de cada dia” do nativo. Isto representa desemprego, competição desleal, perda de poder aquisitivo e retração econômica de uma região que tem, na pesca, uma atividade fundamental.

Leandro Nunes Floriano

Análise de texto sobre vício em café, ckocolate e açúcar

Texto analisado: Café, chocolate e açúcar: entenda porque esses alimentos podem viciar
disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/cafe-chocolate-a-acucar-entenda-porque-esses-alimentos-podem-viciar

Trechos analisados:

Milhares de pessoas têm algum tipo de vício em alimento, um mal responsável por sintomas prejudiciais à saúde e ao convívio social. Engrossa a lista as guloseimas preferidas de mulheres com TPM (tensão pré-menstrual) e das crianças: chocolate e açúcar.
Mas, se mesmo podendo viciar, esses alimentos continuam a ser vendido em qualquer esquina, pelo simples fato de que os cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre eles. O único ponto de acordo é que algumas substâncias podem, sim, causar dependência na maioria das vezes, apenas psicológica, mas a falta deles pode trazer sintomas típicos de abstinência.
No caso do café, a cafeína age diretamente no sistema nervoso central. Ela atinge o córtex cerebral exercendo efeitos como redução da fadiga e uma melhora na concentração e na capacidade de pensamento. Entre os sintomas de abstinência da cafeína estão dor de cabeça, tremedeira, tontura, aumento da ansiedade e fraqueza. Há estudos, no entanto, que compravam que até quatro xícaras da bebida por dia são benéficas e podem ter ação antioxidante e vasodilatadora, mas o excesso pode aumentar a freqüência cardíaca e causar insônia e palpitações.
A teobromina, uma substância presente no chocolate, estimula a produção do neurotransmissor serotonina, que proporciona uma sensação de prazer e bem-estar. Existem estudos que apontam que a região do cérebro ativada com o consumo do chocolate é a mesma afetada em um dependente de cocaína. O alimento é tão eficiente em proporcionar prazer (e viciar), que, contam os registros históricos, já foi relacionado com forças ditas malignas. No século 16, os jesuítas deixaram escritos que a bebida feita de cacau consumida pelos nativos era uma coisa do demônio. Isso porque eles não conseguiam parar de consumi-la, era algo viciante. Chocolate em excesso por ser um alimento muito calórico, pode acabar em ganho excessivo de peso e até em obesidade. Há ainda problemas indiretos, como um aumento no risco de desenvolver diabetes e problemas cardíacos.
A nossa cultura tem ainda o hábito de gratificar situações de sofrimento e estresse com um doce. Se o açúcar já era responsável por uma sensação de prazer – associada à produção de serotonina pelo sistema límbico (emocional) -, ele tem ainda um efeito psicológico incutido na educação quando ainda somos crianças. Os mamíferos em geral, mesmo aqueles que nunca sentiram o gosto doce antes, são estimulados pelo açúcar. Se você der um pedaço de doce para um cachorro, ele vai ficar agitado e vai querer mais. Isso em função da sensação de prazer que ele sente com esse alimento.


MOTIVO DA ESCOLHA
Este texto sobre nutrição se relaciona à biologia pelo simples fato de falar sobre saúde, este estudo foi publicado na revista Veja dia 01/10/2010.

ROTEIRO PARA LEITURA
1- Quais alimentos podem viciar?
2- Por que esses alimentos viciam?
3- Mesmo viciando porque não proíbem a venda?
4- Como o café age no nosso sistema nervoso?
5- Quais os sintomas de abstinência, caso tenha?
6- Tem dose recomendável para esse tipo de alimento?
7- E o chocolate vicia também?
8- Açúcar tem alguma relação com o vicio?
9- O excesso causa algum sintoma?

TEXTO ANALÍTICO
Eles colocam no texto que as guloseimas podem viciar, mas existem outras coisas que podem causar o mesmo vício como o jogo, álcool e exercícios físicos que são um grande exemplo. Tudo em excesso pode fazer mal à saúde e este tipo de vício pode levar a pessoa à miséria, sem amigos, sem amparo. Esses tipos de vício, que dizem ser apenas psicológico, causam uma grande dependência fazendo com que a pessoa procure um médico. A venda não é proibida porque... como as fabricas irão fechar apenas por causa de um “viciozinho”? Sendo que com esse tipo de vício podem gerar mais comércio: viciados, alguns procuram médico, os médicos receitam medicamentos e assim por diante, gerando um grande comércio. o governo não iria deixar esse tipo de fábrica fechar, isso pode deixar uma sociedade mais doente e esse é o grande interesse deles.
Alguns destes textos sobre saúde sempre vem falando um bando de palavras que leigos não conseguiriam decifrar, isso eu já acho que eles querem ocultar algumas coisas que o povo deveria saber, mas que por razões de “privacidade” não vamos entender, informações que estarão nas entrelinhas.

Patrícia R. P. da Silva

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Análise de duas fotografias relacionadas à alimentação



Porque nos chocamos tanto ao ver esta foto? Sentimento comum a praticamente toda a sociedade, porém um tanto quanto discriminatório. Nós comemos carne de boi, porco, coelho, ovelha, galinha, e de muitos outros animais sem sequer pensar no animal que morreu para podermos comer a sua carne. Acabamos também julgando os chineses por exemplo, que comem carne de um animal que aqui temos como nosso melhor amigo. Mas e a vaca? Nós a comemos, mas para os indianos é sagrada. Nos achamos na razão de falar que é errado comer cachorro, que é um pecado, um absurdo. Por que esse homem pode ser representado por muitas pessoas como um “assassino”? Os animais que comemos têm vida igual ao cachorro. Apenas não os criamos dentro de nossas casas normalmente. É tudo uma questão de cultura, que não tem como ser discutida, pois cada país tem a sua e deve ser respeitada.
Seguindo nessa linha, podemos fazer um link com outras imagens e fazer perguntas, como por exemplo, sobre a imagem a seguir:





O que ela representa?
Que mensagem ela nos passa?
Pode se fazer uma analogia com a foto anterior?
Esse menino pode ser visto como um “assassino”?
Quando olhamos essas duas imagens não conseguimos relacioná-las, pois não fazemos a devida reflexão sobre elas. O homem da primeira imagem é muitas vezes interpretado como um vilão, um assassino, pois se trata da morte de um cão, animal que temos como de estimação e sentimos um desprezo por esse homem por estar lidando com o sofrimento desse animal. Mas e se no lugar desse cão fosse uma galinha? Aí com certeza não seria tão impactante.
E a segunda imagem? É apenas um menino comendo hambúrguer. É uma imagem de um menino bonito, aparentemente feliz, saudável e se alimentando. Mas do que ele se alimenta? Por que ninguém se pergunta se esse alimento foi um boi, um frango, ou até mesmo um cachorro? Por que ninguém interpreta esse menino como um “assassino”? Simplesmente porque é normal no nosso cotidiano pessoas comerem hambúrguer, ou seja, carne bovina. Mas para que esse menino possa comer essa carne alguém tem que ter matado o boi, ou seja, um animal, assim como um cachorro. Então por que vemos o homem da primeira imagem como um assassino e o menino da segunda imagem, que contribuiu para a morte do boi, não? Por que recriminar pessoas que tem a cultura de comer carne de cachorro se nós, ocidentais, comemos carne também, só que de outro animal, mas que não é melhor nem pior que um cachorro?
Esses são exemplos para que possamos rever conceitos e entender que cultura nos influencia de maneira indiscutível e é necessário expandir os horizontes e banir os preconceitos.

Laura M. Torres e Priscila L. Scarpa

Análise sobre o desenho Bob Esponja




Por que criar uma esponja de limpeza, que mora no mar, como desenho animado?
Apesar de gostar do desenho, me pergunto o que se passa na cabeça do autor, do criador do Bob Esponja e de sua ‘’turma’’. Fomos procurar, e descobrimos que o criador do Bob Esponja chama-se Stephen Hillenburg. Esse cara, pensamos, não deve entender nada de zoologia e nem de desenho animado. E estávamos redondamente enganados. Stephen, seu criador, é um biólogo marinho que não acreditava no sucesso do seu personagem. Na verdade, não acreditava que fosse passar de uma temporada, ou que fosse agradar o público.
Esse personagem é de uma personalidade ingênua. Amigo de um castor, um siri, uma lula e um caramujo. Ele caça água-vivas, faz hambúrgueres num bar e prende a atenção não só do seu público-alvo, mas também de adultos.
Acredito (Bruna) que a influência dessa simpática esponja possa ir além dos desenhos da telinha. A primeira vez que estudei poríferos foi na 6ª série, e como já era apaixonada por zoologia, achei interessantíssimo a estrutura das esponjas, que apesar de parecerem simples, são muito mais complexas do que pensamos. Logo que me deparei com o desenho, relacionei o conteúdo didático a ele.
Porém, se fomos pensar no ver biológico, a mensagem passada pelo desenho é extremamente ilusória, sendo que as esponjas são organismos sésseis, não possuem olhos, boca, sistema nervoso; aliás não apresentam órgãos e não possuem qualquer tipo de tecido verdadeiro. Além disso, o próprio formato do corpo lembra mais uma esponja de banho sintética. A esponja natural de certas espécies de animais do grupo dos poríferos especificamente da classe demospongie, tem esqueleto macio feito de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina. Talvez a única característica biologicamente correta seja a presença de poros.
Podemos perceber então que as informações passadas pelo desenho estão limitadas a um publico-alvo: as crianças. E as informações biológicas verdadeiras (animal marinho com poros – nem toda esponja possui espículas de espongina, por isso esse ‘’critério’’ não pode ser incluído) que ele fornece são de pouca utilidade para estudos posteriores dentro da biologia sobre estes organismos e qualquer outro apresentado durante os episódios.
O importante é a lembrança que fica, para que animais tão interessantes como as esponjas, não sejam deixadas de lado quando forem objetos de estudo no Ensino Fundamental, e sim, sejam alvo de interesse.


Bruna A. G. de Barros e Diego Timboni

Análise de uma fotografia de campanha pelo vegetarianismo

O tema abordado no anuncio é relacionado à biologia juntamente com a educação: o modo como se passa a questão do vegetarianismo. A nutrição dos animais, incluindo o homem, o estudo dos nutrientes necessários a um organismo e a adaptação deste ao ambiente são assuntos que a biologia engloba e que são referentes às discussões sobre o Vegetarianismo.





O atual sistema de produção e consumo de alimentos em todo o mundo gerou questões diversas entre o homem, entre elas, sobre o vegetarianismo. Questões como: “É natural do Homem comer carne?” e “O Homem precisa comer carne para estar bem alimentado?” ainda não foram completamente respondidas pela ciência e são usadas como argumentos na briga entre vegetarianos e carnívoros. A escolha de ser vegetariano é feita pelo paladar do indivíduo, assim como uma pessoa não gosta de um tomate, outras não gostam de carne, apesar de não ser algo comum dentro da cultura Brasileira. Mas, como “gosto não se discute” os debates são gerados porque, na maioria dos casos, a escolha de ser vegetariano é feita pela ideologia, pela moral, e pela religião.
O Folder acima traz a seguinte questão: Animais: se você ama uns, por que come outros? A frase é apresentada de forma que a palavra “animais” e “por que come outros” encontram-se destacadas, pelo tamanho e pelo contraste de cores. A cor azul, escolhida para animais e amor, traz a imagem de céu e harmonia, enquanto a rosa do título "come outros" contrasta com a cor azul, trazendo destaque para esses termos e um drama e vivacidade à mensagem que está sendo passada.
O motivo de a palavra "animais" estar em destaque, é enfatizar que todos os animais são iguais. Assim, não existiria um real motivo para se comer apenas alguns animais. A intenção do anúncio, de um maneira geral, é o apelo de que quem ama algum animal, não poderia comer um outro animal. Porém, não existe relação direta entre amar e comer. Não é por que você ama um cachorro que não irá comer outro, pois você ama o seu cachorro, não os outros.
Os cachorros não são servidos como alimento humano no Brasil por motivos culturais, não pelo amor que se tem a eles. Cachorros são alimentos de muitos chineses, e as vacas são animais sagrados na índia: a cultura irá determinar o que tem em seu prato ao meio dia.
O anúncio é multivisual, escrita e imagem, reforçando a mensagem divulgada pelo texto. O cão vestido de vaca traz um apelo moral pois, conforme o anúncio, não deveríamos comer algo que amamos, todos animais deveriam ser tratados da mesma maneira...


Marília da Nova Storck

Análise de página do site da Petrobrás




O texto escolhido para a crítica foi uma página do site da Petrobrás denominada “Meio Ambiente e Sociedade”. A página pode ser visualizada no seguinte endereço: http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e-sociedade, e nossa crítica foi a seguinte:

Sabemos que, atualmente, grande parte dos produtos utilizados pelo homem contém petróleo ou utilizam-no para sua produção, porém o petróleo não é, como diz o texto, indispensável para a vida. Antigamente todos viviam sem petróleo. O petróleo é mais uma comodidade humana do que um composto indispensável. Para a Petrobrás, por outro lado, ele é, com certeza, indispensável, pois é nele que a empresa se sustenta, portanto as pessoas também devem acreditar que só sobrevivem com petróleo, pois uma diminuição na quantidade de produtos petrolíferos utilizados implica em uma diminuição nos lucros da empresa.
Segundo Schuchardt et.al (2000), “para um país tropical como o Brasil, o substituto natural para o petróleo é a biomassa.” Ainda segundo este autor, a produção de energia através de biomassa contribui enormemente para a área ambiental, pois seria necessário cerca de 1% da produção de biomassa brasileira para que se substituísse todo o petróleo utilizado em nosso país neste mesmo período. Além de estarmos reutilizando o “resto” de outras fontes econômicas, evitaríamos, com a utilização deste recurso, a devastação de grandes áreas ou florestas. Entretanto, Lucchesi (1998), superintendente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, afirma que o mercado consumidor brasileiro, em expansão, constitui também grande atrativo a investimentos em exploração e produção de petróleo no país. E esses investimentos são altos.
O site da Petrobrás afirma que, em 2008, a empresa investiu R$556,8 milhões em projetos sociais, ambientais, esportivos e culturais. Porém a página da web não comenta, em momento algum, que grande parte destes investimentos são na verdade “multas”, que devem ser convertidas em investimentos para reparar os grandes danos ambientais causados pelos processos industriais da própria empresa. Mariano (2001), afirma que as refinarias de petróleo são geradores de grande parte da poluição ambiental causada pelo homem, tendo em vista o grande consumo de água e energia e a grande produção de resíduos por elas causados. Este mesmo autor comenta ainda que, recentemente, duas refinarias da Petrobrás (REPAR - no Paraná, e REDUC - no Rio de Janeiro), causaram acidentes que resultaram em enormes danos não só ao meio ambiente, mas também à empresa, que demonstrou não tomar os devidos cuidados quanto a alguns pontos ambientais importantíssimos. "Após os acidentes, a imprensa se encarregou de divulgar alguns fatos desagradáveis sobre a gestão ambiental da empresa, como, por exemplo, a notícia de que existem várias unidades de processamento da REDUC até hoje não possuem licença do órgão ambiental competente para operar", afirma o autor.
A página demonstra ainda vários detalhes verdes e azuis, que para muitos são consideradas "cores da natureza", verde para as plantas e azul para as águas. A cor verde, que também aparece no símbolo da empresa, pode estar referindo-se a cor verde da bandeira do Brasil. O fundo branco remete a uma sensação de leveza, deixando a página mais clara e "limpa".
Também podem ser observados vários vídeos comentando sobre o meio ambiente, um deles, inclusive, sobre projeto TAMAR. Todos os vídeos são feitos em cenários bonitos, com pessoas felizes no meio da natureza e uma música de fundo emocionante. Porém não se vê nenhum vídeo falando do petróleo em si, como ele é extraído, o que sua extração pode causar para o meio ambiente, e o mais importante, que deveria ser o tema central da página, quais os cuidados que a Petrobras tem (ou deveria ter) com o petróleo em relação ao meio ambiente. Nesse sentido, demonstrar acidentes passados e como eles foram solucionados poderia ser uma ótima "jogada" para eles, por mais que pareça que não o é.
O mundo de hoje está muito diferente daquele mundo antes do petróleo, e as pessoas de hoje também já estão por demais acomodadas com produtos derivados de petróleo e com o próprio petróleo. Na realidade, poucas sabem que em cosméticos ou produtos alimentícios podem conter petróleo ou derivados. Até agora a solução para a sociedade e para o meio-ambiente, como diz o nome da página da Petrobras, parece contraditória, pois de um lado temos uma grande empresa que não quer perder lucros e do outro temos a natureza, que não tem voz própria, e a que tem normalmente não é ouvida.
Tentar acabar totalmente com tais produtos e com o petróleo seria uma coisa possivelmente inviável, porém a diminuição terá que acontecer, a natureza não é um recurso renovável, assim como o petróleo.

REFERÊNCIAS:
MARIANO, J. B. Impactos Ambientais do refino de petróleo. Tese de mestrado em Ciências em planejamento energético. UFRJ: Rio de Janeiro, 2001. 216 p.
SCHUCHARDT, U. e RIBEIRO, M. L. A indústria petroquímica no próximo século: como substituir o petróleo como matéria prima? In: Quim. Nova, Vol. 24, No. 2, 247-251. 2001.
LUCCHESI, C. F. Petróleo. In: Estudos Avançados, Vol. 12, No. 33, p. 17-40. 1998.

DISPONÍVEIS EM:
http://ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/jbmariano.pdf
http://www.scielo.br/pdf/qn/v24n2/4288.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ea/v12n33/v12n33a03.pdf


Marianne G. Kreusch e Taynara R. Campos

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Análise de um texto sobre biodiversidade e conservação

Artigo "Biodiversidade: valores e benefícios"
(disponível em: http://www.pucrs.br/mj/artigo-biodiversidade.php)

A humanidade passa por um momento único: o de refletir sobre o seu porvir, as atitudes e os paradigmas que envolvem a sua relação com a natureza, já que os problemas ambientais colocam em risco a sua própria existência. Dentre as questões que permeiam tais reflexões está a importância da conservação da biodiversidade do planeta.
A biodiversidade, segundo a Convenção sobre a Diversidade Biológica, elaborada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992), é constituída pelo conjunto dos seres vivos, pelo seu material genético e pelos complexos ecológicos (ecossistemas) dos quais eles fazem parte. Em outras palavras, o conceito de biodiversidade está relacionado com a diversidade de vida existente no mundo.



Análise

Na primeira parte do texto o autor fala: “A humanidade passa por um momento único: o de refletir sobre o seu porvir, as atitudes e os paradigmas que envolvem a sua relação com a natureza, já que os problemas ambientais colocam em risco a sua própria existência.” Ele começa dizendo que a humanidade deve refletir, mas não no sentido de melhorar a natureza para o bem da própria natureza e sim para o bem da humanidade, já que nós dependemos da natureza para sobreviver. Nós chegamos a um momento de preservar depois de milhões de anos vivendo com o desmatamento, desperdício de água, exploração de recursos não renováveis, matança de animais, etc. Onde tudo era para o bem da humanidade e não era questionado se estaria sendo bom para a natureza, mas, agora que os recursos estão acabando chegou a hora de refletir sobre as nossas atitudes, pois enfim caiu a ficha de que nós dependemos dos recursos naturais para sobreviver. Ele ainda completa “Dentre as questões que permeiam tais reflexões está à importância da conservação da biodiversidade do planeta.”, agora falando em conservação, o ponto X da questão como eu já havia falado: depois de milhões de anos a “conservação da biodiversidade do planeta” é vista em caráter de urgência, uma vez que deveríamos estar conservando há muito tempo.
Já no segundo parágrafo ele fala de um significado para a “biodiversidade”, segundo uma Convenção sobre a Diversidade Biológica, dizendo que ela é constituída pelo conjunto dos seres vivos, pelo seu material genético e pelos complexos ecológicos (ecossistemas) dos quais eles fazem parte. Em outras palavras o conceito de biodiversidade está relacionado com a quantidade de espécies existente no mundo, ou seja, agora ele nos inclui em biodiversidade, pois nós somos seres vivos e fazemos parte da vida existente no mundo. Mas no primeiro parágrafo a biodiversidade se relacionava somente com a natureza, o autor conseguia de certa forma nos excluir, pois ele fala no planeta como se nós não fizéssemos parte desta biodiversidade sendo que ele mesmo fala que neste contexto estão incluídos todos os seres vivos. Em um mesmo parágrafo ele dá significados distintos para a palavra biodiversidade.


Artigo

Fatores como desmatamentos, queimadas, destruição de habitats, fragmentação de florestas, assoreamento de rios e lagos, aterramento de banhados, uso indevido de áreas de conservação, exploração demasiada da fauna e da flora, poluição de ambientes naturais, entre muitos outros, são os responsáveis pela redução da biodiversidade do nosso país. Levando-se em conta a riqueza de espécies que o Brasil possui, reflexo de ambientes naturalmente diversos, como a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, essas perdas representam um verdadeiro crime contra a vida do nosso planeta. Crime esse que põe em risco o equilíbrio e a existência da vida como um todo, inclusive a de todos nós, seres humanos.


Análise

Neste parágrafo o autor fala de vários fatores que são responsáveis pela redução da biodiversidade do nosso país. E acho legal ele relatar que essas perdas representam verdadeiros crimes contra a vida do nosso planeta. Mas achei errado nesta frase a seguinte colocação: “Crime esse que põe em risco o equilíbrio e a existência da vida como um todo, inclusive a de todos nós, seres humanos.”. Concordo que põe em risco o equilíbrio e a existência da vida como um todo, e até aqui a gente já entende o sentido da frase, mas quando ele frisa “inclusive a de todos nós, seres humanos”, acho que ele novamente parece nos separar dos outros seres vivos. Quando ele fala em vida como um todo, nós seres humanos fazemos parte deste todo! Ou também entendo que talvez ele tenha escrito desta forma para chamar a atenção para a vida do ser humano que também está sendo prejudicada e não só a natureza...



Thiciane P. G. dos Santos

Análise de uma imagem sobre casamento gay




Escolhi essa imagem porque trata do casamento entre homossexuais, um assunto muito delicado que vai contra a igreja católica, mas que é um direito de todos.
A imagem está inserida em uma reportagem que diz que a igreja da Argentina quer que o governo faça um plebiscito, antes de aprovar a união entre homossexuais.
É uma imagem delicada, sem cores fortes, nada que pareça ter a intenção de agredir os que vão contra esse tipo de enlace. (contribuição da professora: ao mesmo tempo, exatamente por parecer tão "natural", tão delicada, tão sutil, pode ofender ainda mais os que são contra o casamento gay. Pois estes estão acostumados com imagens chocantes dos homossexuais e acham este tipo de relação chocante para ser representada assim, como se fosse "normal", duas pessoas, do mesmo sexo, felizes, se casando).
A imagem logo abaixo pode nos ajudar a pensar na primeira, pois podemos visualizar o casal de duas formas, uma negativamente e outra positivamente. E é o que a segunda imagem nos transmite:





(contribuição da professora: assim como a imagem acima tenta nos explicitar, todas as imagens e textos podem ser vistas de outras maneiras, dependendo do ponto de vista de quem os vê)
Essa outra imagem também é muito impressionante, aborda um questionamento de quem conhecemos ou não.
Em quem podemos confiar e se podemos confiar.
Essa imagem passa uma mensagem de que devemos desconfiar de todos.
Pelo menos é o que vejo.


Cláudia Soares Teixeira

Análise de uma imagem sobre "Ecoflorestamento"






O que vocês achariam de uma empresa que tem como objetivos:

“Recuperar área afetada com espécie nativa - Prover alimento a animais silvestres, especialmente às espécies endêmicas como Mico Leão da Cara Preta e Papagaio da Cara Roxa - Sequestro e neutralização de CO2.”

E como visão:

“Ser referência em neutralização de CO2, recomposição e preservação do patrimônio genético da Mata Atlântica.”

E que no site (http://www.ecoflorestamento.com.br) tem inúmeras fotos de árvores, animais, flores, ninhos de aves, colméias, etc.
Bonito né!?
E se olhando mais a fundo percebêssemos que isso é apenas um investimento, uma monocultura como a de milho, soja, arroz e como diversas outras que vemos por aí...
Que essa empresa trata esse “Florestamento” como um “Empreendimento”.
O Eco Florestamento trata-se de um investimento para as empresas ou pessoas que adquirem uma determinada quantidade de mudas de Guanandi.
Árvore nativa do Brasil, o Guanandi foi a primeira espécie a receber o título de “madeira de lei” no país, em 1835, ainda na época do Império. Naqueles tempos, já despertava interesse de fabricantes de navios, impressionados com a resistência e o formato reto de seu tronco.
Tanto é que o Guanandi, por não apodrecer em contato com a água, foi amplamente utilizado na construção da frota naval da Coroa portuguesa.
O nome científico, Calophyllum brasiliense, quer dizer “folha bonita do Brasil”. Mas o Guanandi também é conhecido por Santa Maria, Cedro-do-Pântano e Cedro-Mangue. Na região amazônica, é chamado de Jacareúba.
Por essas características, é considerado o substituto ideal do mogno para a fabricação de móveis.
Estas mudas são cultivadas no estado do Paraná e viram florestas de até 360ha que durante se crescimento vão trazer sim muitos benefícios ao meio ambiente e à fauna e flora do local, mas quando chegarem ao seu estágio final vão ser arrancadas.
As empresas que apóiam e investem neste negócio sabem muito bem o que irá ocorrer depois de algum tempo, mas os clientes destas empresas não sabem o que realmente há por trás disso...

Questões:
Os clientes: adquirem esses produtos ou utilizam estes serviços, pois acham que essas empresas realmente contribuem para um reflorestamento?
Eles sabem que isso é só um investimento dessas empresas?
E que muito em breve essas árvores serão arrancadas para serem comercializadas e que tudo isso que se transformou em “casa” para diversos animais vai ser destruído?


Cláudia Dias da Costa

Análise de quadrinhos sobre a produção de transgênicos




Tradução
Quadrinho 1:
Cientista - Então, Jules, porque que você acha que as grandes companhias de biotecnologia continuam a mexer geneticamente com nossa comida? s
Jules - Para ajudar a alimentar o mundo (combater a fome)?
Quadrinho 2:
Cientista - Você é um idealista tão ingênuo. Eu suspeito que a verdadeira razão é para ganhar navios de dinheiro.
Quadrinho 3:
Cientista - O que eu tenho aqui é um jeito de mudar complemtamente o foco deles da comida..
Quadrinho 4:
Cientista - ..enquanto ainda sim permitindo que eles a sua tecnologia por grandes.
Jules - Engenharia genetica monetaria?!
Quadrinho 5:
Cientista - Essa nossa de 100 dolares era uma de 10 a um minuto atrás.

Análise
Acredito que esta tirinha esteja intimamente ligada a biologia pois nela é discutido o quanto é fundamental a influência das companhias que investem para a evolução de uma pesquisa; além de ser uma crítica bem clara, dizendo que o verdadeiro interesse não é qualquer outro além de lucrar.
Na tirinha o personagem se encontra numa posição na qual muitos cientistas podem se encontrar: quando percebem que o interesse da empresa que financia seu trabalho não é o mesmo que o dela. E, de uma forma engraçada, através da ingenuidade do cientista ele critica aqueles que mudam seus valores também para que continuem a trabalhar, e começam a trabalhar para os interesses exclusivos das empresas.
Outra questão importante apontada na imagem é que eles começam o diálogo dizendo que a genética dos alimentos só serve ao lucro das empresas e não para uma melhor distribuição de alimentos como muitas vezes é sugerida. Isso se sustenta se pensarmos que ao mexer geneticamente nos alimentos, aumentamos exponencialmente o lucro dos fabricantes pois eles estão protegidos de pragas e inúmeros outros fatores que poderiam ser prejudiciais. Mas que vantagem isso tem dado de fato para a fome no mundo? Depois dos trangênicos houve uma melhor distribuição da comida? Em nenhuma pesquisa se encontra algo que nos permita afirmar isso.


Raphaela Alves Bragaglia

Análise de uma imagem sobre consumo de água




Hoje em dia somos forçados a comprar água para beber, pois a água que chega em nossos lares não tem boa qualidade. O aumento da população nas áreas urbanas faz com que a quantidade de poluentes jogados nos rios, sem tratamento, aumente.
Por outro lado, essa imagem pode nos mostrar a falta de consciência do homem, que usa de forma inadequada o consumo da água, lavando carro, calçadas, banho com longa duração, lavar louça e higiene bucal com torneira aberta.
Futuramente a humanidade pode entrar em conflito porque a quantidade de água potável vai ser insuficiente. Hoje já notamos a desigualdade na distribuição desse recurso: no nordeste brasileiro a população já sofre com a escassez de água, muitas famílias usam a água dos rios, sem tratamento, para beber e outras necessidades. Nesses lugares esse recurso pode ser visto como uma arma, levando a população infantil e adulta a várias doenças tais como: cólera, diarreia e vermes, em muitos casos sem tratamento leva à morte.
A arma pode significar as catástrofes naturais como enchentes, tsunami entre outros, que pode arrasar cidades, levando o caos.

Djonath da Rocha Resende

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Análise de uma imagem de uma campanha sobre sexo seguro

As análises se referem à seguinte imagem:




Campanha da Ong AIDES, de combate a DSTs.

A imagem escolhida faz parte da campanha da associação francesa AIDES, de combate a DSTs. Esta ONG usa imagens e vídeos chocantes para transmitir suas mensagens. Nesta imagem um homem faz sexo com um escorpião, sexo faz parte da reprodução, por isso esta imagem se relaciona com a biologia. DSTs também são temas importantes no ensino de biologia.

Roteiro de leitura:
1 – Qual o tema da figura?
2 – O que se mostra chocante ao ver a figura?
3 – O que causa um contraste na situação apresentada?
4 – Qual o tipo de sexo que se sugere na figura?
5 – O que a figura sugere que este tipo de sexo seja?
6 – Qual o impacto negativo que a figura pode causar?
7 – Qual o impacto positivo que a figura pode causar?
8 – O que sugere a atitude do homem na figura?
9 – O que sugere a escolha de um escorpião?
10 – Qual a sensação transmitida pelas cores e pelos móveis utilizados na imagem?
11 – Qual a estratégia do autor para transmitir a mensagem da figura?
12 – Esta mensagem é transmitida com clareza?



O tema da figura é o sexo, pois em primeiro plano há um homem transando com um escorpião, este é simbólico, e representa o perigo que o sexo pode ter. À primeira vista é chocante ver um homem transando com um animal peçonhento como o escorpião, pois este causa medo em muitas pessoas, pois é venenoso, e nunca se passaria na mente delas que um homem pudesse transar com um animal destes. Há um contraste na figura no sentido da tranquilidade do ambiente, na sensação de prazer do homem e na periculosidade do escorpião. O ambiente claro e calmo transmite paz, enquanto o escorpião transmite terror, o homem que deveria estar com medo, se mostra gostando da situação. Isso mostra que o escorpião é realmente simbólico, e representa uma outra pessoa, que pode ser perigosa para o homem. Pela situação, está acontecendo um sexo desprotegido na cena, pois este pode causar tanto perigo quanto a picada de um escorpião. O impacto negativo da figura é a generalização do sexo como sendo perigoso, pois não fica claro que está acontecendo um sexo desprotegido, podendo criar a imagem do sexo como sendo uma coisa ruim, em todas as formas. O impacto positivo da figura é pedir muito cuidado na hora de transar, causar medo para ter cuidado. A atitude do homem sugere que ele não percebe o perigo que sofre, como se não estivesse vendo que está transando com um escorpião, então o homem pode não perceber a periculosidade de seu companheiro na hora de transar, o sexo pode estar sendo bom, mas pode ser perigoso para sua saúde. A escolha de um escopião pode estar associada a ele ser um animal venenoso, muito conhecido, que causa medo nas pessoas, seu veneno pode ser mortal e é inoculado numa picada só, como acontece com as DSTs, em que uma transa só já se podem ser transmitidas, podem ser mortais, e causam medo nas pessoas. As cores claras, os móveis simples, a luz no ambiente, transmitem uma sensação de tranquilidade, prazer, coisas que o sexo também transmite. Isso nos diz que por melhor que a situação esteja acontecendo, ainda existe o perigo das doenças no sexo desprotegido. O autor utiliza uma situação chocante, com um contraste no ambiente para simbolizar situações reais de perigo no sexo desprotegido e tenta despertar um maior cuidado nas pessoas, com uma situação impactante. A messagem que o sexo pode ser perigoso por transmitir doenças, mesmo nas situações em que o ambiente seja calmo e se tenha muito prazer, é transmitida com clareza. Mas ainda fica a percepção que TODO sexo é perigoso e pode ser uma coisa ruim.



Walter Mota

Análise de uma sinopse do filme "Home - O Mundo é Nossa Casa"

As análises se referem ao seguinte texto de descrição do filme "Home - O Mundo é nossa casa":

Em 200 mil anos na Terra, a Humanidade tem perturbado o equilíbrio do planeta, estabelecido por quase 4 biliões de anos de evolução. O preço a pagar é alto, mas é tarde demais para ser pessimista: a Humanidade tem apenas 10 anos para inverter esta tendência e tornar-se consciente da extensão total da destruição da Terra e alterar os seus modelos de consumo. Yann Arthus-Bertrand, o realizador, traz-nos imagens aéreas únicas de mais de 50 países para partilhando esperanças e receios num filme que lança a primeira pedra do edifício que, todos juntos, teremos de reconstruir.

Home- O mundo é a nossa casa

Acredito que o texto acima se refere a biologia pelo fato de se preocupar com o planeta e suas mudanças que foram geradas ao longo do tempo,se formos para para pensar a biologia em sí abrange também isso principalmente a concientização pelo planeta que vivemos.

2. Elabore um roteiro de leitura deste texto. Faça perguntas a ele, sobre ele, suas relações com outros textos, no sentido de um conjunto de respostas que o ajudem a compreender como aquele texto funciona.
De que forma o aquecimento global pode prejudicar o mundo? E o seres vivos?
3. Responda a estas perguntas, já compondo um novo texto: um texto analítico sobre o texto que escolheu. Busque suas repostas não apenas nesse texto, mas em outros discursos circulantes sobre o tema.
O aquecimento global é o grande problema climático do planeta atualmente, mas não o único, já que dá origem a outras transformações no meio ambiente e no clima. Freitas – que também faz pesquisa fotográfica, registrando a biodiversidade ao fazer trabalhos de campo – aponta como conseqüências graves o desaparecimento de algumas espécies de animais, especialmente os anfíbios, que dependem tanto do ambiente aquático como do terrestre. Se estivermos mudando a relação climática no mundo, esses ambientes sofrem. E, se sofrem tanto o aquático quanto o terrestre, os anfíbios sofrem duplamente explica o pesquisador, que acrescenta ainda como outra conseqüência das alterações do clima a falta de uma sazonalidade, bem diferente de anos atrás, quando as características de cada estação eram bem marcadas.

Análise de artigo sobre biodiversidade

As análises se referem ao artigo abaixo:

Biodiversidade: valores e benefícios

     A humanidade passa por um momento único: o de refletir sobre o seu porvir, as atitudes e os paradigmas que envolvem a sua relação com a natureza, já que os problemas ambientais colocam em risco a sua própria existência. Dentre as questões que permeiam tais reflexões está a importância da conservação da biodiversidade do planeta.

     A biodiversidade, segundo a Convenção sobre a Diversidade Biológica, elaborada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992), é constituída pelo conjunto dos seres vivos, pelo seu material genético e pelos complexos ecológicos (ecossistemas) dos quais eles fazem parte. Em outras palavras, o conceito de biodiversidade está relacionado com a diversidade de vida existente no mundo.

Espécies ameaçadas

     Alguns pesquisadores estimam que o número total de espécies vivas do planeta varie entre sete e 20 milhões, sendo que muito pouco destas (menos de 30%) são conhecidas pela ciência, principalmente invertebrados e micro-organismos. O Brasil abriga entre 15 e 20% deste número, sendo o país com a maior diversidade biológica. Entretanto, além de pouco estudada, a nossa biodiversidade se encontra cada vez mais degradada. Muitas espécies brasileiras estão sob risco de extinção e, com certeza, muitas outras já foram extintas sem sequer se saber de sua existência.

     Fatores como desmatamentos, queimadas, destruição de habitats, fragmentação de florestas, assoreamento de rios e lagos, aterramento de banhados, uso indevido de áreas de conservação, exploração demasiada da fauna e da flora, poluição de ambientes naturais, entre muitos outros, são os responsáveis pela redução da biodiversidade do nosso país. Levando-se em conta a riqueza de espécies que o Brasil possui, reflexo de ambientes naturalmente diversos, como a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, essas perdas representam um verdadeiro crime contra a vida do nosso planeta. Crime esse que põe em risco o equilíbrio e a existência da vida como um todo, inclusive a de todos nós, seres humanos.

Teia da vida

     A espécie humana não está separada das outras. Está intimamente relacionada ao restante da teia da vida. Estamos ligados a todo o mundo de coisas animadas e inanimadas. Preservá-las é garantir a nossa sobrevivência.

     A conservação das diversas formas de vida melhora a nossa de alguma maneira não material. Por exemplo: quando nos deliciamos com a visão de um beija flor, ou quando a caminhada na floresta fica mais bonita com a visão de uma orquídea. Ou quando sentamos embaixo da sombra de uma árvore... O contato com a terra, com a mata, com uma cachoeira, enfim, com a natureza, nos traz inúmeros benefícios para a saúde física, psíquica e emocional. Por outro lado, todas as formas de vida têm valor por elas mesmas e esse valor não depende de nenhum uso que se faça delas.

     Uma das maiores contribuições da diversidade de vida é a possibilidade de beneficiar a humanidade para adaptar-se frente à variação do ambiente ao longo do tempo. Os seres vivos, em geral, podem ser vistos como depósitos de genes que, a qualquer momento, poderão ser utilizados por quaisquer outros seres para futuras adaptações a mudanças ambientais.

     Além disso, a humanidade recebe enormes benefícios econômicos diretos a partir da biodiversidade na forma de alimentos, remédios e matéria-prima para produtos industrializados. Os serviços providos pelos ecossistemas, indispensáveis, direta ou indiretamente, para a sobrevivência humana - como a regulação do clima, o suprimento e a regulação de água e nutrientes etc. - estão avaliados, por alguns estudos, entre 16 e 54 trilhões de dólares por ano.

     Para muitos, definições técnicas e cálculos econômicos podem ser eclipsados por fundamentos ainda mais essenciais. A biodiversidade guarda relação estreita com a diversidade cultural: as culturas humanas são moldadas em parte pelo entorno vital, sobre o qual, por sua vez, elas influenciam. E essa conexão tem ajudado a determinar os valores culturais dos diferentes povos.

     Talvez as problemáticas ambientais, que hoje enfrentamos, representem uma oportunidade de elaborarmos nossa identidade e de reescrever a nossa própria história, como seres humanos, como seres da natureza, participantes dos seus processos e responsáveis pelo seu equilíbrio. Para tanto, é fundamental a conscientização da importância da biodiversidade para a continuidade da vida no planeta.

Ano Internacional da Biodiversidade

A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de aumentar a consciência sobre a importância da preservação da biodiversidade em todo o mundo. Fiquemos atentos para acompanhar e promover atividades pelas cidades e estados, ao longo do ano.


Eduardo Cardoso Teixeira,
biólogo, mestre em Biologia Animal, professor
pesquisador do Grupo de Pesquisas em Ecologia e
Conservação da Vida Silvestre. Taquara, RS.
Endereço eletrônico: grupovidasilvestre@gmail.com
Artigo publicado na edição nº. 407, jornal Mundo Jovem, junho de 2010, página 16.



Resposta da atividade 1


O artigo escolhido se relaciona diretamente com a biologia porque o termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
O estudo da biodiversidade tem relação direta para a preservação ou conservação das espécies, pois entendendo a vida como um todo, teremos mais condições de preservá-la, bem como é de grande importância para o nosso desenvolvimento, resultando o aproveitamento dos recursos biológicos para que sejam explorados de maneira menos prejudicial à natureza, conservando-a da melhor maneira possível, permitindo a harmonia entre o desenvolvimento das atividades humanas e a preservação, chamando-se isso modernamente de desenvolvimento sustentável.
Foi pensando neste desenvolvimento que foi criada a Convenção da Biodiversidade Biológica, o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993. O ponto inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico.
Os países que assinaram o acordo não mostram disposição política para adotar o programa de trabalho estabelecido pela Convenção, cuja meta é assegurar o uso adequado e proteção dos recursos naturais existentes nas florestas, na zona costeira e nos rios e lagos.
Existem vários fatores que podem comprometer a biodiversidade como, a sociedade moderna - particularmente os países ricos - que desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas.
A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até sua extinção.
A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impedem a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.
A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também podem ser prejudiciais, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.
Sem a conservação da biodiversidade não há garantia de sobrevivência da grande maioria das espécies de animais e vegetais, diante da interdependência, conseqüentemente não poderá haver um desenvolvimento sustentável, pois como a humanidade perderá fontes vitais de recursos para a sua sustentação, de forma que devemos desenvolver métodos e ações concretas para a sua conservação. Para isso é necessário conjugar esforços de toda a sociedade.
Portanto, a conservação da biodiversidade é importantíssima e fundamental para um desenvolvimento adequado aos anseios mundiais de preservação, constituindo-se a base do desenvolvimento sustentável.