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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Análise de artigo sobre genética

Texto analisado: A genética fracassou?

Os anos 2000 começaram com o anúncio de uma revolução. O código da vida havia sido decifrado. Estávamos prestes a entender as doenças mais misteriosas. E transplantes de DNA dariam conta dos distúrbios mais graves. Mas nada disso aconteceu até hoje. A revolução ainda está a caminho?
por João Vito Cinquepalmi

Escrever o manual de instruções de uma pessoa. Esse era o objetivo dos cientistas que começaram a mapear e seqüenciar o genoma humano, em 1990. Um trabalho duro. A chave para desvendar nosso corpo estava em um código formado por milhares de genes, cada um deles com uma função definida - e completamente desconhecida. Com um mutirão de cientistas e computadores potentes, no entanto, o mundo achou que chegara a hora de entender tudo: por que ficamos doentes, nascemos com cabelos lisos ou crespos, sentimos mais ou menos dor do que os amigos. Entender por que uma pessoa funciona do jeito que funciona.
Seria uma obra revolucionária para a saúde do homem. Saberíamos com antecedência que doenças nos afetariam no futuro. Desligando genes que causam disfunções e ligando aqueles responsáveis pelo conserto, seria mínimo o risco de sofrermos de males hereditários. Acreditando nisso, o mundo comemorou quando o mapeamento do genoma humano foi apresentado em 2000, quase completo. Em coisa de 10 anos, diziam os líderes do projeto, viveríamos melhor. E mais.
Os 10 anos se passaram e o que foi prometido não aconteceu. Seu médico, leitor, ainda não sabe por que exatamente o câncer afeta pessoas saudáveis de repente. Nem prescreve remédios feitos só para você, de acordo com seu genoma. Mas por que a pesquisa genética fracassou em suas promessas? E uma pergunta mais importante: ainda tem chance de dar certo?


Revista Super Interessante
Edição 282, Setembro de 2010.



Análise do texto
Escrever um manual do ser Humano, é considerá-lo de certa forma uma mercadoria a qual vamos até uma loja de departamentos, escolhemos o produto e levamos para casa, ao chegar em casa lemos o manual para melhor compreendê-lo.
Situação imposta por um grupo de cientistas no qual uma minoria tenta impor uma suposta solução para os males da humanidade.
Que mundo é esse, que gostaria de desvendar o seu próprio corpo e o corpo da humanidade, até onde isso é real ou não? Por que gostaria eu de saber se amanhã, ou daqui a 10 anos estarei enfermo ou até mesmo morto, se poderei ou não me curar? E a opção de simplesmente desligarmos um gene que me deixaria doente, o ser humano é um produto eletrônico onde simplesmente podemos desligar ou ligar o que desejamos?
Pois é, 10 anos se passaram, muito do genoma foi feito mais o quê de concreto a população viu?
O que será que é certo ou não para que isso seja uma verdade, até onde a população quer seu corpo lido pelo médico? Viverei em paz se souber que daqui a duas semanas irei morrer e nada poderei fazer, ou que simplesmente viverei mais porque tenho o direito de desligar qualquer coisa que possa fazer mal ao meu corpo?
Mas, na verdade, quem poderá ou quem poderia pagar para ter seu genoma (corpo) decifrado? Será que eu ou você realmente queremos saber dos nossos problemas?
Chegamos ao século 21 e o ser humano passou de um ser vivo pertencente a todo um ecossistema a mais um objeto nas prateleiras deste sistema econômico mercantilista, onde tudo e todos têm um preço a ser pago.


Eduardo Roberto Silva

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