As reflexões das turmas do semestre 2020.1 chegaram também em nossos corpos e atravessaram o ensino. Como aprendemos sobre o corpo humano na escola? E na faculdade? Há muita coisa para mudar e muitas coisas para representar. As percepções do ensino do corpo humano chegaram para todo mundo da mesma forma: um único corpo é representado, um corpo é naturalizado e visto como padrão. Não há diversidade de cores, tamanhos, deficiências.
Os trabalhos das turmas foram pensados na subversão desse padrão. Bruna Bergman Machado e Lucas T. A. Sato nos apresentam essa ilustração cheia de cor e diferenças, com tantos corpos (humanos ou não) sendo representados.
A diversidade no trabalho de Eduardo B. Chagas e Élita T. de A. Weschenfelder não tem um rosto: estão por trás de bandeiras de gênero e sexualidade, para lembrar que só nós mesmos podemos afirmar sobre os nossos corpos e nossos afetos e ninguém mais.
Na proposta de Bruno Losi Menna, é mostrado que a diversidade também estava presente nos ancestrais humanos, trazendo ainda evoluções ficcionais.
Pensando na falta de diversidade de corpos, as alunas Lara Dalkmin Trombe e Maria Eduarda L. Cabral nos trazem essa colagem digital e nos questionam onde está a inclusão. Onde estão as pessoas com seios nas representações didáticas? Onde estão as pessoas negras?
Até mesmo partes de nossos corpos são padronizados. As representações são geralmente as mesmas: brancas e sem pelos. Mas quando olhamos para nós propriamente, não encontramos esse padrão. E é necessário representar. Assim, Ana J. Poletto, Eneli Gomes e Renata Alves nos trazem as ilustrações de vulvas de Hilde Atalanta e com os escritos "essas somos nós". Somos mulheres cis, mulheres trans, homens trans, pessoas com vulva. Somos diversas.
Como seria um livro didático que representasse a diversidade de corpos? O trabalho de Yasmin Cristina da Silva, Marlon Goedert e Lethycia C. da Rosa traz alguns exemplos que poderíamos ver nos livros com essas ilustrações.
E nesse trabalho de Isadora Pineda, os corpos não são apenas corpos: eles possuem nomes e profissões. Podemos nos identificar com eles através dessas ilustrações.
Pensando em aproximar as pessoas ainda mais do ensino do Corpo Humano, Helena Yurevna Caio, Ohanez Mamigonian, Rafael Augusto Camargo e Rafael Krug Giacomini elaboraram um filtro de aplicativo de celular, bem como as imagens dos sistemas do corpo humano que aparecem nele. Para isso, foi feito um vídeo apresentando o filtro:
O aplicativo é o Snapchat e para acessar os filtros, clique aqui e aqui (ou aponte o celular para os QR codes).Por fim, Thiago Fabiano Blanco e Rafael Emmanuel Godoy Martinez nos trazem esse texto que fala que somos muito mais que apenas um corpo, que merecemos e devemos ser respeitadas e para isso, lutaremos. Somos feitas de amor.
Arte de citrinepalace |
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