Este espaço é destinado às construções em Biologia e Educação dos estudantes de Ciências Biológicas da UFSC

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Análise sobre o desenho Bob Esponja




Por que criar uma esponja de limpeza, que mora no mar, como desenho animado?
Apesar de gostar do desenho, me pergunto o que se passa na cabeça do autor, do criador do Bob Esponja e de sua ‘’turma’’. Fomos procurar, e descobrimos que o criador do Bob Esponja chama-se Stephen Hillenburg. Esse cara, pensamos, não deve entender nada de zoologia e nem de desenho animado. E estávamos redondamente enganados. Stephen, seu criador, é um biólogo marinho que não acreditava no sucesso do seu personagem. Na verdade, não acreditava que fosse passar de uma temporada, ou que fosse agradar o público.
Esse personagem é de uma personalidade ingênua. Amigo de um castor, um siri, uma lula e um caramujo. Ele caça água-vivas, faz hambúrgueres num bar e prende a atenção não só do seu público-alvo, mas também de adultos.
Acredito (Bruna) que a influência dessa simpática esponja possa ir além dos desenhos da telinha. A primeira vez que estudei poríferos foi na 6ª série, e como já era apaixonada por zoologia, achei interessantíssimo a estrutura das esponjas, que apesar de parecerem simples, são muito mais complexas do que pensamos. Logo que me deparei com o desenho, relacionei o conteúdo didático a ele.
Porém, se fomos pensar no ver biológico, a mensagem passada pelo desenho é extremamente ilusória, sendo que as esponjas são organismos sésseis, não possuem olhos, boca, sistema nervoso; aliás não apresentam órgãos e não possuem qualquer tipo de tecido verdadeiro. Além disso, o próprio formato do corpo lembra mais uma esponja de banho sintética. A esponja natural de certas espécies de animais do grupo dos poríferos especificamente da classe demospongie, tem esqueleto macio feito de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina. Talvez a única característica biologicamente correta seja a presença de poros.
Podemos perceber então que as informações passadas pelo desenho estão limitadas a um publico-alvo: as crianças. E as informações biológicas verdadeiras (animal marinho com poros – nem toda esponja possui espículas de espongina, por isso esse ‘’critério’’ não pode ser incluído) que ele fornece são de pouca utilidade para estudos posteriores dentro da biologia sobre estes organismos e qualquer outro apresentado durante os episódios.
O importante é a lembrança que fica, para que animais tão interessantes como as esponjas, não sejam deixadas de lado quando forem objetos de estudo no Ensino Fundamental, e sim, sejam alvo de interesse.


Bruna A. G. de Barros e Diego Timboni

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